Motoristas perderam parte da renda líquida com o aumento da gasolina
A crescente alta no preço dos combustíveis nos últimos anos vem agravando a situação de motoristas que trabalham em aplicativos de transporte, como a Uber e a 99 Táxi. De um lado, os passageiros questionam do aumento no preço dos serviços, do outro, motoristas alegam que está ficando cada vez mais difícil conseguir um faturamento líquido, levando em conta o preço da gasolina e a fatia da quantia que é destinado ao aplicativo.
Procurando soluções para voltar a ter uma renda melhor com um trabalho mais qualitativo, alguns motoristas da Uber e 99 estão criando um aplicativo, que será concorrente delas, e procurará monetizar, de maneira justa, os motoristas.
O novo serviço se chamará ‘Me Busca’ e conta com o apoio da Associação de Motoboys e Motoristas de Aplicativos de São Paulo (AMMASP). “Queremos que os motoristas consigam todas as condições que as empresas não proporcionam: melhores remunerações, mais segurança e mais qualidade de trabalho”, disse o Presidente da AMMASP, Eduardo Lima.
O aplicativo está marcado para estrear nos celulares agora em março, e antes mesmo de começar, já conta com milhares de adesões.
O combustível, grande vilão dos motoristas, subiu o preço em uma média de 49% somente em 2021, além disso, o mercado automotivo também encareceu durante a pandemia, tornando as manutenções e peças de carros mais caros também.
O Me Busca estima que o motorista que percorrer por cerca de 70 horas semanais poderá tirar de R$ 2.000 a R$ 2.200 líquidos. A Uber anunciou que atualmente quem trafega por 40 horas semanais (jornada de 8 horas por dia, sem contar fim de semana), ganha cerca de R$ 1.500.
O aplicativo Uber foi pioneiro no serviço de transporte privado por aplicativo, criado em março de 2009 por Travis Kalanick e Garret Camp, com o objetivo de fornecer um serviço semelhante a Táxi, mas com carros de luxo, na California (EUA).
SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]