Plásticos biodegradáveis e bioplásticos têm o potencial de mudança na indústria e varejo, e já são realidade no Brasil e no mundo
No dia 3 de julho, foi comemorado o ‘Dia Mundial sem Plástico’. A data tem como objetivo chamar a atenção para um grave problema da atualidade: o consumo excessivo e a poluição ocasionada pelo plástico convencional globalmente. Mas, sendo esse material extremamente útil em nosso dia a dia, como podemos contribuir com o planeta? Há alternativas, como o plástico biodegradável e o bioplástico – que se tornam uma opção sustentável para indústrias, varejo e consumidores.
Um estudo realizado pela WWF mostra que o Brasil é o quarto país que mais gera plástico no mundo e recicla menos de 2% desse total, muito abaixo da média mundial de 9%. Para se ter ideia, a produção de lixo plástico é de 1kg semanal por brasileiro.
Já a análise da Mordor Intelligence mostra que o tamanho do mercado de embalagens biodegradáveis mundial é estimado em US$ 105 bilhões em 2024, e deve crescer 5,97% até 2029, passando de US$ 140 bilhões. Essas novas soluções, formuladas com materiais que se comportam e têm a mesma utilidade do plástico convencional, têm menos efeitos negativos para o meio ambiente e podem reduzir a pegada ecológica.
As alternativas podem ser feitas à base de matéria-prima de origem vegetal, os chamados biobaseados, ou com formulações que podem até incluir materiais de origem fóssil, mas com a vantagem de ser biodegradável, ou seja, o material serve de comida para microrganismos e fungos quando descartado em diferentes condições ambientais.
Para Ybellise Azocar, diretora de ciência na Bioelements, é preciso entender que para ser biodegradável, uma embalagem não precisa ser 100% de origem vegetal. “Um material 100% biobaseado ou fabricado exclusivamente a partir de matérias-primas renováveis não é necessariamente biodegradável, e para ser considerado biodegradável, um material não precisa ser totalmente biobaseado. A biodegradabilidade não depende exclusivamente das matérias-primas utilizadas, mas da sua estrutura química. As embalagens podem ser biodegradáveis e de base biológica a partir de resíduos derivados de milho, cana-de-açúcar, mandioca ou batata”.
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