Método utilizado no exterior é tão eficaz quanto os medicamentos tradicionais
Segundo estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, o método de estimulação magnética é uma alternativa menos invasiva para as pessoas desta faixa etária que devido as dificuldades deste período da vida, correm o risco de adquirir o transtorno mental conhecido atualmente como o ‘mal do século’ pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão, que em alguns casos levam os portadores da doença ao suicídio.
O coordenador do Serviço Interdisciplinar de Neuromodulação do Instituto de Psiquiatria, também responsável pelo estudo, Leandro Valiengo, em entrevista ao Jornal da USP, conta que o método é utilizado no exterior e aprovado no Brasil desde 2012, e explica que a técnica permite modular o funcionamento cerebral, “é uma bobina que faz um campo magnético que passa a pele, o crânio e estimula diretamente o córtex cerebral”. Assim, dependendo do local onde é feito o estímulo cerebral, é possível ter um resultado equiparável às de antidepressivos, porém, com a vantagem de terem muito menos efeitos colaterais e ausência de interação farmacológica. Além disso, ela pode ser usada contra outros problemas como dores crônicas e esquizofrenia. “Por isso, a gente pensou no estudo para idosos, porque muitas vezes o que acontece é que eles tomam muitos remédios que interagem entre si”, explica o pesquisador.
Outras vantagens são as abordagens individualizadas para vários tipos de condições e favorecimento do bem-estar resultados de longo prazo.
No procedimento, paciente permanece acordado e pode voltar para casa após o término da sessão, estimulando uma área específica do córtex. Dependendo da frequência dos pulsos, a frequência aumenta ou diminui. O tratamento é realizado em sessões que duram em média 15 minutos e não requerem necessidade de corte e não causa dor.
Para idosos com mais de 60 anos que sofrem de depressão, se pretenderem participar do estudo, poderão se inscrever pelo e-mail [email protected]. Tratamento gratuito.
Atualmente 70 idosos participam dos estudos e a pretensão dos pesquisadores é chegar a 110 voluntários.
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