O recomendado é procurar um médico antes de começar a praticar atividades físicas
O início do ano motiva muitas pessoas a adotarem ou intensificarem uma rotina de exercícios físicos. A prática regular de atividades esportivas é amplamente reconhecida por seus benefícios à saúde, no entanto, especialistas alertam para a importância de uma preparação adequada, incluindo consultas médicas com cardiologistas e médicos do esporte, antes de iniciar qualquer modalidade esportiva.
O calor típico desta época do ano exige cuidados redobrados, especialmente de pessoas com fatores de risco ou condições pré-existentes, como obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. A Dra. Paola Smanio, cardiologista e Head Médica da Cardiologia do Fleury Medicina e Saúde, ressalta que exercícios regulares podem reduzir o risco de doenças cardíacas em até 50%. Ainda assim, há necessidade de um acompanhamento médico prévio.
“A atividade física melhora a capacidade funcional ou cardiorrespiratória – medida que informa o quão bem seu corpo absorve oxigênio e o distribui aos músculos e órgãos durante períodos de exercício. Muitos são os benefícios da atividade física praticada com regularidade, como a redução da probabilidade de doenças cardiovasculares, aumentando a expectativa de vida. Há a redução no depósito de gorduras nos vasos e na inflamação da parte interna dos vasos (endotélio), ajudando a prevenção do processo de aterosclerose – formação das placas que obstruem as artérias do coração e do cérebro, causando infarto e AVC”, explica a Dra. Paola.
O Dr. Warlindo Carneiro da Silva Neto, especialista em medicina do exercício e do esporte do Vita Ortopedia e Fisioterapia, recomenda que, antes de praticar uma atividade física, a pessoa realize uma consulta com um médico do esporte. “Todo indivíduo que se submete à prática de exercícios físicos sem orientação está sujeito à lesão e ao mal súbito. É preciso uma avaliação prévia e acompanhamento de um profissional de saúde, que possa avaliar os riscos e mitigá-los”, ressalta.
Para pessoas sem histórico de problemas cardiovasculares e com menos de 40 anos, a depender do histórico familiar, da presença ou não de sintomas e no número de fatores de risco cardiovascular presentes um exame clínico detalhado, um eletrocardiograma e algumas dosagens sanguíneas que avaliem o perfil de risco podem ser suficientes. Já indivíduos com mais de 40 anos com fatores de risco precisam ser submetidos, além da avaliação médica e do eletrocardiograma, a teste de esforço e ecocardiograma.
SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]