Faixa de operação das represas está entre 40% e 60%, o que gera um sinal de alerta
Com o Brasil enfrentando temperaturas acima da média, as cidades estão lidando com secas extremas e a falta de chuvas. Esse cenário preocupa diversos setores, especialmente no que diz respeito aos níveis das represas nos próximos meses, devido ao clima seco. Entre os estados em alerta está São Paulo.
Ana Carolina Figueiredo, coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Anhanguera, explica que a Grande São Paulo é abastecida por sete diferentes reservatórios, sendo o Sistema Cantareira o maior deles. “No início de setembro, um relatório divulgado pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) indicou que o nível de armazenamento dos reservatórios do Sistema Cantareira era de 57% do volume útil total. Se comparado ao mesmo período do ano passado, quando o volume era de 73%, temos um cenário de alerta.”
Com as previsões de temperaturas acima da média e redução da pluviosidade nos próximos meses, as represas podem continuar em estado de atenção. “Embora a cidade conte com sistemas de reservatórios e mananciais, a dependência de fontes específicas e a gestão da água ainda são problemáticas. Durante crises hídricas, como a que ocorreu entre 2014 e 2015, ficou evidente que a capacidade de armazenamento e a eficiência no uso da água precisam ser aprimoradas. Medidas como a implementação de programas de conservação, reutilização de água e diversificação das fontes de captação são essenciais.”
As previsões climáticas para São Paulo nos próximos anos indicam que a cidade poderá enfrentar um aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas. “Adaptar a cidade a essas novas condições climáticas será fundamental para garantir a segurança hídrica”, afirma.
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