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sexta-feira, 29 novembro, 2024

Telas e covid longas agravam olho seco

Olho seco é um dos sintomas da Covid longa apontado por estudo inédito

Estudo das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA, publicado pela National Academies Press (NAP), mostra que a síndrome do coronavírus está associada a mais de 200 sintomas persistentes conhecidos como Covid longa. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier, uma das alterações associadas pelos pesquisadores à Covid longa é a síndrome do olho seco. Isso porque o olho e o nariz estão conectados pelo ducto lacrimal e a contaminação é facilmente transmitida aos olhos pelas vias respiratórias.

Caracterizada pela redução na quantidade ou qualidade da lágrima, a síndrome do olho seco atinge 24% dos brasileiros de todas as faixas etárias, sendo mais comum entre mulheres e idosos. Os sintomas são: sensação de areia nos olhos, ardência, coceira, fotofobia e visão embaçada.

Ficar muitas horas ininterruptas em frente às telas é um importante fator de risco para desenvolver a síndrome do olho seco e a fadiga visual que causa dor de cabeça e irritação nos olhos, comenta Queiroz Neto. Isso porque as telas geram 16,7 milhões de cores que sobrecarregam o esfíncter da íris, musculatura que regula a entrada de luz pela pupila até a retina. A dica do oftalmologista é seguir a regra 20/20/20 – A cada 20 minutos, olhar para uma distância de 5 ou 6 metros durante 20 segundos.

Para crianças, o ideal é instalar os equipamentos em um local com boa iluminação natural. Isso porque, há evidências científicas de que a luz emitida pelo sol estimula a produção de dopamina e regula o crescimento axial do olho.


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