O descarte inadequado de esgoto coloca em risco a saúde pública, ampliando surtos de doenças como gastroenterites e hepatites.
O recente surto de virose no litoral foi confirmado pelas autoridades de saúde como sendo causado pelo norovírus. O episódio gerou preocupação entre moradores e turistas, além de acender o alerta para questões relacionadas ao saneamento básico na região.
Diante do ocorrido, a promotoria do meio ambiente de Guarujá abriu um procedimento para investigar a eficácia da rede de saneamento do município. Há suspeitas de descarte ilegal de esgoto, fator que poderia ter contribuído para a contaminação de água e a disseminação do vírus. Segundo informações da Prefeitura de Guarujá, a existência de ligações clandestinas de esgoto despejado diretamente no mar está sendo considerada uma das principais hipóteses para o surto. Esse tipo de irregularidade compromete não apenas a saúde pública, mas também o meio ambiente costeiro.
“A prevenção de surtos como o do norovírus depende de sistemas eficazes de saneamento básico e do monitoramento contínuo da qualidade da água. A contaminação por esgoto é um dos principais vetores para a disseminação de doenças gastrointestinais”, explica Luiz Fazio, presidente da Biosaneamento, ONG que trabalha para promover a universalização do saneamento básico no Brasil.
As autoridades reforçam a importância de investimentos em infraestrutura e fiscalização para evitar novas ocorrências. Enquanto isso, a população é orientada a adotar medidas de prevenção, como o consumo de água filtrada e a higienização adequada de alimentos.
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