Instituto aponta que sextas-feiras e sábados apresentam uma proporção um pouco maior de acidentes de trânsito
Segundo relatório do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), acidentes de trânsito, especialmente no transporte rodoviário de cargas, acontecem sempre com o mesmo padrão de horário e dia da semana. A análise aponta que a maioria dos incidentes ocorre durante o dia, representando 58,4% dos casos, especialmente entre as 6h e as 18h. Por outro lado, o período da noite, que parece ser mais perigoso, corresponde a 31% das ocorrências.
Raquel Serini, economista e coordenadora de Projetos do IPTC, acredita que o risco de acidentes é ampliado durante a noite devido a fatores como redução de visibilidade e maior probabilidade de fadiga entre os motoristas. “Isso se deve ao aumento do fluxo de veículos nas estradas nesse período. No entanto, é importante destacar que os acidentes noturnos tendem a ser mais graves, já que há menos visibilidade e maior probabilidade de o motorista estar cansado, por exemplo. Durante a madrugada, por exemplo, é comum encontrar menos veículos na estrada, mas também há maior risco de cansaço e sonolência por parte dos motoristas”, salienta a economista.
Ao analisar a distribuição dos acidentes de trânsito no transporte rodoviário de cargas ao longo da semana, há uma distribuição relativamente equilibrada. As sextas-feiras e os sábados apresentam uma proporção um pouco maior de ocorrências, representando 16,5% e 14,6% dos casos, sugerindo que não há um dia específico que se destaque como o mais propenso a acidentes. De forma geral, é possível dizer que 37% dos veículos envolvidos em acidentes são caminhões tratores, com a maioria das ocorrências na BR-116 e na BR-101.
Uma das principais causas dos incidentes é a reação tardia ou ineficiente, levando a falhas mecânicas e perda de controle do motorista. Problemas mecânicos no veículo, condições climáticas adversas e infrações de trânsito por parte dos motoristas também são colocados como causas acidentais de veículos.
“Ressalto que muitos acidentes poderiam ser evitados com maiores investimentos em infraestrutura, em fiscalização e em conscientização dos motoristas e de empresas de transporte”, analisa Serini.
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