Donald Trump foi eleito para governar os Estados Unidos. Foi uma das eleições presidenciais que mais dividiu opiniões, fazendo com que a rivalidade fosse cada vez mais acentuada, o que constantemente provocou e ainda provoca discussões entres os eleitores, nas ruas e na internet.
Entre os eleitores que participaram desses debates online, devo destacar a Geração Z, que são as pessoas de 13 a 27 anos, conhecidos como nativos digitais, ou seja, estão acompanhando tudo que acontece pelas redes sociais. Também são fortemente influenciados por artistas a exercerem o seu papel como cidadãos.
Um grande exemplo disso é que depois que a popstar Taylor Swift declarou apoio a Kamala Harris e pediu para que os fãs não deixassem de ir às urnas, cerca de 338 mil pessoas buscaram informações para se registrarem para votar, de acordo com a Administração de Serviços Gerais (GSA).
A verdade é que o envolvimento de celebridades na política não é novo, mas o impacto nunca foi tão forte quanto agora, reforçando o poder da creator economy. Quando artistas decidem se posicionar, ajudam a mobilizar e engajar gerações inteiras, principalmente os mais jovens.
Pesquisas realizadas pelo Pew Research Center mostram que a Geração Z enxerga as redes sociais como um meio muito importante para amplificar vozes e assim conseguir fornecer visibilidade a temas sociais e políticos. Cerca de dois terços acreditam que as redes ajudam a destacar pautas relevantes e a cobrar figuras públicas.
A questão é que conquistar esse público é um desejo de todos. E por quê tanto esforço? A Geração Z é considerada uma das mais engajadas e possui forte presença nas redes sociais, então são vistos como ditadores de tendências e influenciadores de opinião, sejam entre amigos e principalmente na própria família.
A GenZ tem uma grande influência sobre todas as outras gerações, afinal, é a geração que mais produz e compartilha conteúdo no mundo, segundo dados da Edelman. E é inegável que as eleições presidenciais dos EUA afetam os rumos e impactam também as nossas próximas eleições daqui a dois anos. Mas não precisamos ir tão longe para percebermos tais movimentações.
O debate contra a escala de trabalho 6×1, que recebeu grande mobilização digital por influência de políticos com alta presença nas redes, como Erika Hilton, atraiu o olhar não só da Geração Z para a pauta, como levou manifestantes às ruas. A verdade é que a creator economy é cada vez mais capaz de promover impactos sociais, políticos, e consequentemente econômicos pelo mundo.

Luiz Menezes é fundador da Trope, uma consultoria de geração Z e Alpha que ajuda marcas a rejuvenescerem suas estratégias de negócio através da creator economy.
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