No menu items!
18.8 C
São Paulo
quarta-feira, 3 setembro, 2025

Por que é tão difícil combater o mosquito da dengue no Brasil?

O Brasil enfrenta um desafio histórico no controle do Aedes aegypti, mas avanços tecnológicos e ações comunitárias oferecem novas perspectivas

O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, segue como um dos grandes desafios de saúde pública no Brasil. Apesar de décadas de esforços, a combinação de fatores climáticos, culturais e estruturais ainda favorece a proliferação do inseto.

Enquanto estados como São Paulo investem em tecnologias avançadas, como drones e armadilhas inteligentes, outras regiões, como o norte e nordeste, enfrentam barreiras logísticas e estruturais que dificultam a eficácia das campanhas de combate. Segundo Matheus Todt Aragão, professor adjunto de infectologia da Universidade Tiradentes (Unit), a solução para o problema requer uma combinação de ciência, tecnologia, educação comunitária e políticas públicas coordenadas.

O Brasil tem implementado abordagens inovadoras no combate ao Aedes aegypti. Projetos com mosquitos geneticamente modificados e bactérias Wolbachia, que impedem a transmissão de doenças, já mostram resultados promissores em diversas cidades. Além disso, ferramentas como drones, aplicativos de monitoramento comunitário e plataformas digitais têm ampliado a eficácia das ações de controle.

As universidades desempenham um papel central nesse esforço. Instituições como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) lideram pesquisas genéticas, enquanto a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) investiga o uso de plantas nativas como repelentes naturais. “No nordeste, a Universidade Tiradentes (Unit) se destaca pela aplicação de biotecnologia e educação comunitária, promovendo modelos replicáveis que integram ciência e engajamento social” acrescenta Aragão.

Casos recentes, como a primeira morte por dengue em Sorocaba em 2025, reforçam a urgência de intensificar ações preventivas. “O combate ao mosquito exige mais do que iniciativas isoladas; é preciso um esforço coordenado que combine educação, tecnologia e políticas públicas”, afirma Aragão.

O cenário também apresenta oportunidades. Investimentos em tecnologias de monitoramento, iniciativas comunitárias e a expansão de redes de vigilância epidemiológica podem transformar a realidade do combate ao Aedes aegypti no Brasil. A integração entre ciência e participação popular tem se mostrado uma ferramenta eficaz na busca por soluções sustentáveis.

Drone utilizado pela Prefeitura de São Paulo para disparo de larvicida no combate ao mosquito da dengue
Créditos: Divulgação/Prefeitura de São Paulo

SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected] 

- Patrocinado -

Últimas

Quando o ar ‘pesa’: o que a Cetesb faz no período crítico de estiagem em SP

Fiscalizações, planos industriais, rede de monitoramento, e estados de...

Mulheres na política: comunicação, cotas e o direito à representatividade

Por Caroline Uehara e Ana Lopes A política, desde o...

Cidade de São Paulo apresenta no Congresso de Municípios avanços em descarbonização e economia verde

Destaque ficou por conta do biometano, ônibus elétricos e expansão da cobertura vegetal A capital marcou presença no 67º Congresso Estadual de Municípios como referência...

Quando o ar ‘pesa’: o que a Cetesb faz no período crítico de estiagem em SP

Fiscalizações, planos industriais, rede de monitoramento, e estados de alerta, atenção e emergência compõem a resposta da agência ambiental nos dias mais secos do...

Mulheres na política: comunicação, cotas e o direito à representatividade

Por Caroline Uehara e Ana Lopes A política, desde o seu início, tem sido predominantemente protagonizada por homens. Essa realidade é visível na imagem tradicional...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.