Estudo da USP analisou a eficácia de 12 modelos e mostrou que apenas um atendia aos limites de segurança estabelecidos por organização internacional
A radiação solar ultravioleta está entre as causas de uma série de doenças oculares, incluindo catarata, que podem ser retardadas ou prevenidas com o uso de proteção aos raios UV, sendo os óculos de sol os acessórios mais populares para essa função. Porém, uma pesquisa recém-publicada na revista Research on Biomedical Engineering faz um alerta ao revelar falhas nessa proteção.
O estudo analisou a eficácia de 12 modelos de óculos de sol e mostrou que apenas um deles atendia aos limites de segurança para exposição à radiação ultravioleta estabelecidos pela Comissão Internacional de Proteção Contra Radiação Não Ionizante (ICNIRP, na sigla em inglês).
Pesquisadores do Laboratório de Instrumentação Oftálmica da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (Eesc-USP) mostraram que as lentes não atendem a pelo menos um dos limites de segurança definidos nas normas e, com o tempo, perdem parte de sua capacidade de bloquear a radiação UV, aumentando os riscos de danos oculares.
“Desde os anos 1990, fazemos pesquisas nessa área em nosso laboratório. Desenvolvemos ciência que pode ser usada como base para estabelecer padrões e normas de segurança. Hoje somos reconhecidos internacionalmente e citados por vários autores em livros e em diretrizes”, diz a professora do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Eesc-USP Liliane Ventura, autora correspondente do artigo.
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