Renegociação de contratos e uso de tecnologias ajudam a equilibrar o caixa e manter a qualidade no condomínio
Manter um condomínio funcionando não é barato e a inadimplência agrava o problema: quando muitos deixam de pagar, os adimplentes precisam cobrir o rombo no caixa com taxas extras. O número de protestos por dívidas condominiais mais que triplicou nos últimos quatro anos no Brasil. Segundo o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB), foram 4.885 registros em 2020, contra 15.320 em 2024, uma alta de mais de 200%. No primeiro trimestre de 2025, já foram contabilizados 6.266 protestos por inadimplência.
Para lidar com um cenário de recursos escassos, síndicos têm adotado medidas estratégicas para cortar gastos sem afetar a qualidade dos serviços. Renegociar contratos com fornecedores e revisar periodicamente o orçamento são práticas cada vez mais comuns. “Investir em manutenção preventiva e adotar tecnologias como portaria remota, sensores inteligentes ou gestão digital também têm mostrado bons resultados na redução de custos”, afirma Mayhara Magley, CEO da Advance Garantidora, a partir de um levantamento entre as dezenas de condomínios que a empresa atende.
A manutenção preventiva evita despesas emergenciais mais caras. Um exemplo prático é a revisão do sistema hidráulico, que pode prevenir vazamentos que exigiriam trocas de tubulações, pintura e até mesmo ressarcimentos. O mesmo vale para elevadores e portões automáticos, cuja manutenção regular reduz panes e chamadas emergenciais.
Além da contenção de gastos, o uso inteligente dos recursos também passa pelo incentivo ao consumo consciente de água e energia por parte dos moradores. “Educar os condôminos financeiramente é uma estratégia importante para evitar inadimplência e promover um ambiente mais sustentável no condomínio”, complementa Mayhara.
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