Artistas grafitaram a fachada da Fábrica de Cultura Capão Redondo
A Fábrica de Cultura de Capão Redondo – da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e gerenciada pela Poiesis – destaca a arte produzida por mulheres negras e periféricas neste mês.
Quem passa pela Fábrica de Cultura Capão Redondo, na Rua Bacia de São Francisco, s/n, no Conj. Hab. Jardim São Bento, já consegue ver na fachada do prédio um mural colorido que destaca os rostos de mulheres negras e a cultura periférica incentivada pelo equipamento cultural.
A arte foi desenvolvida pela grafiteira Crica Monteiro, que já colaborou com marcas internacionais, e pela Fany Lima, artista visual com trabalhos pelo nordeste brasileiro, a convite da equipe da Fábrica de Cultura Capão Redondo. Ambas, além de serem de Embu das Artes, trabalham em suas obras questões relacionadas ao feminino, memória, identidade racial e imaginário periférico.
As artistas partiram da reflexão sobre “o que é fabricar cultura?” para representar o conceito de tecnologia a partir do território de origem: a zona sul paulistana. São colocadas referências aos nomes da arte, literatura e cultura periféricas locais, assim como elementos visuais que representam o lugar.
A linguagem do Graffiti, assim como outros elementos do movimento Hip Hop, está presente em intervenções e oficinas realizadas pelas Fábricas de Cultura. Em 2021, o artista plástico e grafiteiro Robinho Santana pintou um mural na fachada da Fábrica de Cultura Diadema destacando a marginalização dos corpos negros e o direito à educação (2021); já a Fábrica de Cultura Jardim São Luís tem no teto superior do teatro um graffiti (2022) da artista Nene Surreal, pioneira no graffiti em São Paulo.
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