No menu items!
18 C
São Paulo
sábado, 23 novembro, 2024

Governo de SP lança projeto para distribuir produtos de higiene menstrual para alunas da rede estadual

Programa Dignidade Íntima assegura prioridade para estudantes em situação de mais vulnerabilidade econômica e social. A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que uma entre 10 meninas no mundo sofre com o impacto da pobreza menstrual na vida escolar e, no Brasil, estima-se que a média seja de uma a cada quatro meninas


O Governo de São Paulo lançou o programa Dignidade Íntima, que vai investir mais de R$ 30 milhões na distribuição de produtos de higiene menstrual a alunas de escolas da rede estadual. A verba será aplicada pela Secretaria da Educação por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola e vai beneficiar, principalmente, estudantes em situação de vulnerabilidade econômica e social.

“Nós temos razões de sobra para respeitar as mulheres, as meninas, as alunas e os direitos que elas possuem. Não pode ser a pobreza, o distanciamento, a vulnerabilidade a limitar a oportunidade de vida, principalmente na escola. As professoras e diretoras sabem quem precisa ou não precisa de absorventes. E as que precisam, agora terão”, declarou o governador João Doria.

A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que uma entre 10 meninas no mundo sofre com o impacto da pobreza menstrual na vida escolar. No Brasil, estima-se que a média seja de uma a cada quatro meninas. Em 2014, a ONU reconheceu o direito à higiene menstrual como uma questão de direito humano e à saúde pública.

”As alunas perdem até 45 dias de aula por causa do período menstrual. É um tema que precisa ser tratado com todo o cuidado para que essas alunas não sejam expostas”, destacou o Secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares.

“Uma atitude tão simples como a compra de absorventes pode mudar a vida de meninas. As escolas que estiverem sensíveis ao tema poderão fazer a diferença na vida dessas meninas e também das educadoras e todas as mulheres que trabalham nas escolas. Todas nós merecemos ter condições dignas, física e psicologicamente, no nosso período menstrual”, afirmou Vivian Clara Marchiori, Diretora da Escola Estadual Capitão Deolindo de Oliveira Santos, em Ubatuba, no litoral norte.

A rede estadual conta com 1,3 milhão de alunas em idade menstrual, entre 10 e 18 anos. Desse total, mais de 500 mil possuem cadastro no CadÚnico e são consideradas vulneráveis, enquanto que 330 mil estão em situação de extrema pobreza. Mais de 290 mil alunas são beneficiárias do programa federal Bolsa Família.

O novo projeto da Secretaria da Educação foi planejado para atender todas as alunas da rede estadual, mas priorizando as que estão situação de vulnerabilidade. A distribuição dos produtos será feita de forma a garantir a privacidade das estudantes a partir de boas práticas e sugestões de escolas estaduais. A partir de julho, a pasta irá orientar as equipes escolares para o atendimento.


SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

FOTO: Ann Zzz no Pexels

- Patrocinado -

Últimas

Três em cada cinco crianças vulneráveis não estão matriculadas em creches

Cerca de 2,6 milhões ainda estão fora da educação infantil Três em cada cinco crianças em situação de vulnerabilidade social no Brasil não estão matriculadas...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui