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sábado, 27 abril, 2024

Estudo aponta que aprender a tocar instrumentos musicais beneficia atividades cerebrais

Pesquisa detalha que áreas do cérebro são mais utilizadas durante o aprendizado de um novo instrumento e quais os benefícios para a saúde


Pesquisa realizada pelo Instituto Nencki de Biologia Experimental, na Polônia, acompanhou 24 mulheres durante um período de seis meses de aprendizado de piano e os resultados do acompanhamento neurológico mostraram que, após certo período, as atividades cerebrais das jovens diminuíram, indicando que seus cérebros otimizaram os movimentos. André Frazão Helene, professor do Instituto de Biociências da USP, explica quais áreas do cérebro são mais utilizadas durante o aprendizado de um novo instrumento e elucida os benefícios que a prática traz à saúde.

Áreas cerebrais

Segundo o professor, a prática de um instrumento musical estimula as áreas cerebrais responsáveis pelas ações motoras, como os córtex primário e secundário motor, e também as responsáveis pela automatização de movimentos, como os gânglios da base. Ele também explica que o retorno da ação motora envolve uma atividade das áreas auditivas, ou seja, dos córtex auditivos primário e secundário.

O especialista também destaca a presença de uma tarefa desafiadora, que envolve geração de expectativas e coordenação de movimentos, as quais ativam a ação das áreas corticais frontais e parietais. Essa tarefa é responsável por comparar os planos e avaliar o quanto aquilo que é executado está gerando a consequência esperada.

“Então há uma atividade ampla, porque envolve os aspectos motores, de planejamento e de encadeamento, além de envolver também os aspectos sensoriais resultantes da produção e fundamentais para o guiamento da ação, a fim de entender se ela está sendo coordenada de maneira adequada, conforme o resultado desejado”, conta.

Atividade cerebral

De acordo com o docente, quando está acontecendo uma ação nova, um enorme conjunto de vias cerebrais vai sendo ativado até que, gradativamente, essa atividade diminui. Ele também conta que esse aprendizado de uma nova função, a princípio, ocorre de maneira lenta e menos precisa, o que explica a série de erros presentes no percurso até a otimização de uma atividade.

“Quanto mais treinos acontecem, aquele grande conjunto de vias vai ficando mais seletivo e no final ocorre uma redução da atividade necessária para executar uma ação bem treinada em comparação com executar uma que não estava treinada. Portanto, o aprendizado leva a uma redução da atividade necessária para executar a ação”, explica.


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