Por Dra. Maria Vera Castellano
Datas como Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e Dia Nacional de Combate ao Fumo, marcado para 29 de agosto, são importantes para promover atenção da população sobre os malefícios do fumo. Há mais de oito décadas, a indústria do tabaco utiliza propagandas para atrair novos fumantes e a glamourização da dependência química e minimização de efeitos colaterais de saúde são utilizados como ferramentas.
Muitas das táticas de marketing da indústria estão inseridas em cenas de cinema, teatro e televisão e por esse motivo é preciso conscientizar a população geral sobre as mentiras mostradas pelas telas. Isso porque os malefícios do cigarro convencional já são bem conhecidos pela classe médica e estão relacionados a mais de 50 doenças, entre elas câncer de pulmão, bexiga e laringe, além de bronquite crônica e enfisema.
E há uma realidade comprovada: pesquisas mostram que de cinco fumantes, um indivíduo vai desenvolver enfisema ao longo da vida, o que se revela cenário muito preocupante.
Problemas de saúde, como os cardiorrespiratórios, podem estar relacionados também ao tabagismo passivo e não só em pessoas que de fato fazem o uso contínuo da nicotina, pelo cigarro convencional ou eletrônico.
Os vapes são mais recentes, mas já se provam grandes vilões, desencadeando e piorando quadros de asma, além de ocasionar um aumento de casos de AVC em jovens por conta do uso excessivo. É o que vemos nos consultórios quase que diariamente.
A regulamentação do cigarro eletrônico é um assunto amplamente debatido, mas mesmo sendo conhecido o potencial de risco, teme-se as consequências do uso regular a longo prazo.

Dra. Maria Vera Castellano É pneumologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
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