Parlamentar deseja homenagear metalúrgico que faleceu nos anos 70
Foi proposto e está em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) o Projeto de Lei (PL) 33/2024 para alterar o nome da estação Capão Redondo de metrô, na Linha 5-Lilás da ViaMobilidade.
Proposto pelo Deputado Estadual, Reis (PT), é pretendido alterar o nome da parada metroviária localizada na Zona Sul da capital para “Santo Dias – Capão Redondo” e assim homenagear um metalúrgico.
Na justificativa do projeto, o parlamentar alega que Santo Dias da Silva atuou na área operária e foi morto pela Polícia Militar em 1979 durante um piquete de greve, entrando para a história na luta pelos trabalhadores e já dando seu nome a ruas, parques e pontes.
“Santo Dias da Silva foi operário metalúrgico e membro da Pastoral Operária de São Paulo. O seu nome foi eternizado em nossa sociedade paulista após ter sido morto pela Polícia Militar durante a ditadura, enquanto comandava um piquete de greve, no dia 30 de outubro de 1979. Santo Dias também já foi lavrador, contudo, ele e sua família foram expulsos das terras em que viviam em 1961, após participar de um movimento por melhores condições de trabalho.
Após sua morte, houve grande mobilização dos trabalhadores para protestar contra o horrendo homicídio praticado. Seu corpo foi retido pela polícia e não era liberado, o que culminou na interferência sindical e política para providenciarem a liberação. O velório ocorreu na Igreja da Consolação e foi acompanhado por milhares de pessoas, sendo que, no dia seguinte, houve uma grande marcha até a Praça da Sé para a cerimônia de encomendação do corpo.
O nome de Santo Dias se imortalizou em ruas, parques, pontes e no Centro Santo Dias de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo. Há também o Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, promovido por esta Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O local de sua morte é visitado anualmente, no dia em que foi morto, por militantes e sindicalistas”, explica parte do PL.
O projeto ainda está sendo pautado nas sessões parlamentares e deve ainda passar por comissões que devem avaliar sua viabilidade, aceitando ou não.
Caso venha a ser aprovado pelos deputados, precisa também ser aprovada e sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas para entrar em vigor, necessitando também eventual troca da comunicação visual da estação e trens. Fonte: Diário dos Trilhos
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