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terça-feira, 16 setembro, 2025

Chefe do DHPP explica como tecnologia ajuda em investigações de crimes complexos

Ivalda Aleixo falou também de medidas para proteção às mulheres

Uso de scanners 3D e cruzamento de informações de uma base de dados complexa estão entre as estratégias para auxiliar nas investigações sobre casos complexos envolvendo crimes como assassinato, por exemplo. Em participação no programa “SP em 3, 2, 1”, da Agência SP, a delegada Ivalda Aleixo, chefe do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil paulista, relatou como a tecnologia tem sido aliada das autoridades para desvendar crimes.

“As tecnologias estão voltadas para para a análise do local do crime, do encontro de vestígios deixados”, explica a chefe do DHPP. “O uso de um scanner da Polícia Científica, por exemplo, a forma de coletar digitais e manchas de sangue, também feita com scanner”. Esta técnica foi utilizada na investigação recente envolvendo a adolescente Vitória Regina de Sousa, 17 anos, encontrada morta em Cajamar, na Grande São Paulo, no início de março, após dias desaparecida.

Ivalda conta que, após a coleta de amostras é feito um cruzamento de informações com um banco de dados. “As informações são jogadas para um computador e, com isso, temos o cruzamento de dados da população de São Paulo. Assim, temos monitoramento de informações e acessos a dados telemáticos, tudo com ordem judicial, que com softwares específicos a gente consegue acessar”, disse a chefe do DHPP à Agência SP.

Além dos scanners 3D, drones com capacidade para coleta de imagens, por exemplo, também permitem dados mais precisos em cenários desafiadores. O conjunto das informações obtidas fornece uma visão detalhada para elaboração de laudos que compõem o inquérito policial.

Em abril do ano passado, por exemplo, um scanner 3D e um drone foram usados pelos profissionais da Polícia Técnico-Científica para determinar a dinâmica de um acidente de trânsito que resultou na morte de um motorista de aplicativo na zona leste de São Paulo. Essa foi uma das simulações mais precisas dos últimos anos, realizada inteiramente em ambiente tridimensional.

A chefe do DHPP também falou sobre violência de gênero em função do Mês da Mulher. Ela reforçou a importância de as mulheres buscarem ajuda a partir de qualquer mínimo sinal de abuso ou violência. “A mulher sente quando está num ambiente agressivo ou tóxico. Tudo começa com as ofensas, com o menosprezo, um primeiro tapa, um primeiro empurrão, as ameaças. Diante desses sinais, a orientação é que essa mulher procure ajuda.”


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