Atenção básica realiza avaliação multidimensional da pessoa idosa para indicar atendimento adequado na rede municipal
A capital mantém um programa estruturado para acolhimento e cuidado integral do público 60+, por meio do Programa Nossos Idosos, presente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município. A iniciativa organiza atividades individuais e coletivas, com foco no processo de envelhecimento e no fortalecimento do vínculo do usuário com sua unidade de referência. De acordo com a Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa, o número de pessoas com mais de 60 anos que passam em consultas com profissionais de nível superior (médico e não médico) nas UBSs aumentou de 2020 a 2024, indo de 816.728 para 1.406.382 pessoas.
Um exemplo de atividade é o grupo “Crochê-tando” surgiu a partir do gosto pessoal da nutricionista da UBS, Bruna Castro, que integra a equipe multiprofissional da unidade. A proposta é promover um espaço de aprendizado e prática de crochê e, a partir dele, fortalecer habilidades motoras que podem ficar prejudicadas no processo de envelhecimento. “Algumas participantes diziam que faziam crochê quando mais novas, mas acabaram perdendo essa habilidade. O grupo foi uma forma de retomar essa prática e ajudar em outras atividades cotidianas”, explica a nutricionista.
As ações do Programa Nossos Idosos são orientadas pela Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa na Atenção Básica (Ampi-AB), modelo exclusivo da cidade de São Paulo: “A avaliação faz um rastreamento tanto das questões de fragilidade e da capacidade funcional do indivíduo quanto das questões de vulnerabilidade, que são os fatores de risco social que ele vivencia”, explica a coordenadora da área técnica da saúde da pessoa idosa, Rosa Maria Marcucci. A partir dessa análise, as UBSs podem desenvolver atividades específicas em salas dedicadas ao atendimento de idosos, chamadas Salas do Idoso, ou mesmo em espaços comunitários, ampliando o alcance das ações.
A partir da Ampi-AB, o idoso é classificado como saudável, pré-frágil ou frágil, o que determina se ele será direcionado aos cuidados necessários para promoção da saúde, prevenção de agravos, reabilitação ou manutenção de suas condições atuais. É nas 13 Unidades de Referência do Idoso (Ursis) existentes na cidade que aqueles identificados como frágeis são atendidos e acompanhados por uma equipe dedicada a esse público. De 2020 a 2024, houve um aumento de mais de 200% nos idosos atendidos nas Ursis, que passou de 61.264 para 199.057. Em 2025, só de janeiro a agosto, as Ursis atenderam 135.157 idosos.
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