Popularmente conhecida como “câncer no sangue”, em fases iniciais a doença pode apresentar sinais inespecíficos, que se confundem com situações do cotidiano; avaliação com especialista é fundamental.
A leucemia é um tipo de câncer que afeta a produção de células sanguíneas na medula óssea, especificamente os glóbulos brancos, essenciais para a defesa do organismo. Costuma afetar ainda a produção das outras séries do sangue como os glóbulos vermelhos e plaquetas.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de 11,5 mil novos casos de leucemia por ano no Brasil durante o período de 2023 a 2025.
A doença compromete a capacidade do corpo de combater infecções, o que torna seu diagnóstico precoce fundamental para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido. Um ponto de atenção é justamente a identificação dos sintomas, que em muitos casos são inespecíficos e podem ser confundidos com condições comuns do dia a dia.
“São situações como cansaço extremo ao realizar pequenas tarefas, palidez, sangramentos, especialmente na gengiva ou nariz, aparecimento de manchas roxas espontâneas na pele, perda de peso repentina e infecções recorrentes.”, explica Pedro Neffá, hematologista do Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or. Nos casos agudos, há uma notável redução dos glóbulos vermelhos (anemia) e das plaquetas. Identificar esses sintomas precocemente garante o sucesso do tratamento.
O alerta acontece em meio à campanha Junho Laranja, uma iniciativa de conscientização sobre doenças hematológicas, com foco especial em anemia e leucemia.
A leucemia é classificada em pelo menos quatro tipos principais, afetando todas as idades. A leucemia linfoblástica aguda é mais comum em crianças, enquanto a leucemia mieloide aguda geralmente afeta adultos entre 50 e 60 anos.
Já a anemia é uma condição caracterizada pela deficiência de glóbulos vermelhos saudáveis ou de hemoglobina no sangue. A condição pode ser causada por fatores como deficiência de ferro ou vitaminas, doenças crônicas, perda de sangue, distúrbios da medula óssea, entre outras, e o tratamento varia de acordo com a causa identificada.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico inicial da leucemia é realizado através de exames de sangue, como o hemograma. O tratamento inclui combinações de quimioterapia que podem ser administradas via oral ou injetável, hemotransfusões e uso de antibióticos. Para pacientes com maior risco de recidiva, o transplante de medula óssea é uma opção, podendo o doador ser um familiar ou um voluntário do banco nacional.
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