Na última quarta-feira, 11 de junho, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira votação, o Projeto de Lei do Executivo nº 640/2025, que prevê novos alinhamentos viários para viabilizar a implantação do sistema Ponte Graúna-Gaivotas, no extremo sul da capital. A futura ligação sobre o Braço do Cocaia, na represa Billings, beneficiará diretamente mais de um milhão de pessoas, facilitando o deslocamento dos moradores dos bairros Jardim Gaivotas, Chácara das Gaivotas, Parque Cocaia, Jardim Toca, Cantinho do Céu e adjacências em direção ao centro da cidade.
A proposta foi originalmente apresentada pelo então vereador Antonio Goulart, pai do atual Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Goulart. O projeto começou a ser desenhado logo após o início das obras da Ponte Vitorino Goulart — outro importante eixo viário idealizado por Goulart e que hoje é realidade.
Durante a sessão, Rodrigo Goulart (PSD) retornou à Câmara para reassumir temporariamente o mandato e participar da votação e destacou a importância do avanço do projeto: “Esse é um momento histórico. A gente sabe o quanto essa obra vai transformar a vida de quem vive no extremo sul. São famílias que perdem pelo menos duas horas por dia no trânsito — horas que poderiam ser com os filhos, com a família, descansando. E agora, depois de tanta luta, essa ponte finalmente vai sair do papel. É com enorme alegria que acompanho essa aprovação, que representa dignidade e esperança para mais de um milhão de pessoas”, afirmou.
A vereadora Renata Falzoni (PSB) declarou voto favorável, mas fez ressalvas quanto à execução: “Que toda essa mudança não desvirtue o propósito original do projeto, que é garantir um corredor — não apenas uma faixa de ônibus. Precisamos pensar em mobilidade ativa, ciclovias, e tudo isso com acesso real. Não adianta uma linda calçada se você não consegue atravessar a rua, ou uma ciclovia onde ninguém consegue chegar”, pontuou.
Segundo a Prefeitura, o novo sistema viário também ajudará a otimizar o fluxo do transporte coletivo nas regiões do Grajaú, Parelheiros e Marsilac, integrando-se com diversos modais, como corredores e faixas exclusivas de ônibus das avenidas Teotônio Vilela, Atlântica, Olívia Guedes Penteado, Interlagos, Nossa Senhora do Sabará, Dona Belmira Marin, além do Terminal Grajaú e da Linha 9–Esmeralda da CPTM.
A proposta ainda será discutida em 2ª e definitiva votação antes de ser sancionada.
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