Brasil fica atrás apenas do Japão em números de trabalhadores com a doença
Considerada como doença relacionada ao trabalho pelo Ministério da Saúde, desde 2022, a síndrome do esgotamento profissional, conhecida popularmente como Burnout, afeta 30% dos trabalhadores brasileiros, segundo dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).
Em decorrência de sua origem, tanto o indivíduo quanto a empresa precisam estar atentos aos sintomas para que o tratamento correto seja realizado imediatamente, a fim de evitar que o distúrbio evolua para um transtorno. Identificar, analisar e reconhecer os sintomas precocemente e procurar ajuda de um profissional de saúde mental pode evitar, por exemplo, um diagnóstico importante de depressão.
“O Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional caracteriza-se por ser um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso. É bastante interessante observarmos a intensidade e a frequência dos sintomas, para estabelecermos diagnósticos diferenciais” afirma a psicóloga credenciada Omint, Prof. Dra. Denise Pará Diniz, especialista em gerenciamento do estresse voltado à saúde e ao trabalho.
Sinais de alerta
Os sintomas são diversos e afetam as áreas mental, física e social, visto que o ser humano é integrado em seus domínios de vida. Isso em tal escala que é capaz de impedir que o indivíduo consiga lidar com situações minimamente estressantes. De acordo com a Dra. Denise, algumas das principais características do Burnout são:
· cansaço excessivo, físico e mental;
· oscilações repentinas de humor;
· dificuldades de concentração;
· sentimentos de derrota e desesperança;
· sentimentos de fracasso e insegurança;
· negatividade constante;
· sentimentos de incompetência.
· mudanças comportamentais;
· irritabilidade
· dores difusas;
· insônia;
· isolamento;
· mudança no apetite;
· alterações na pressão ou batimentos cardíacos;
· problemas gastrointestinais.
Embora muitas pessoas enfrentem rotinas estressantes, nem todas desenvolvem esse quadro exaustivo. Isso ocorre porque a forma como cada indivíduo percebe e lida com os desafios diários pode variar de acordo com fatores ambientais, genéticos, história de vida, percepção, significados, sistema de valores. Questões ambientais, como o suporte social disponível no trabalho e fora dele podem desempenhar um papel crucial na capacidade de enfrentar e lidar com o estresse.
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