Jammers ou “Capetinhas” são bloqueadores de radiocomunicações que emitem sinais de alta intensidade para distorcer a frequência de rádio de um celular ou GPS, sendo capaz de inutilizá-los em um raio de até 20 metros e podem ser facilmente comprados em lojas virtuais sem qualquer fiscalização.
Os criminosos usam a distorção de sinal para neutralizar os rastreadores nos automóveis impossibilitando a comunicação entre a operadora e o veículo, assim adquirem tempo desmanche de peças ou retirada das cargas de caminhões.
“Já vimos jammers com 16 antenas e cada antena interfere em uma frequência específica”, diz Rodrigo Boutti, gerente de operação da Ituran, empresa em rastreamento veicular, em entrevista ao UOL.
Segundo a Anatel, sua venda é permitida apenas para entidades penitenciárias, e o uso ilegal pode levar a acusação de atividade clandestina de telecomunicações gerando uma pena de detenção de dois a quatro anos com possibilidade de aumento em 50%, caso haja danos a terceiros, além de multa de R$ 10 mil.
A resolução para o uso dos jammers no Brasil remonta a setembro de 2002. Um projeto de lei de 2014, assinado pelo deputado Carlos Bezerra (MDB-MT), propõe que a venda do “capetinha” seja criminalizada, mas no momento se encontra parada no Congresso.
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