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segunda-feira, 17 novembro, 2025

As queimadas que param SP e o Brasil

Só na sexta-feira passada (23), foram contados 1,8 mil focos de incêndios florestais na região de Ribeirão Preto (SP), recorde absoluto num só dia desde 1998, ano em que começaram as medições. Isso despertou as autoridades para a possibilidade de se tratar de ações criminosas. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, considera a situação do interior paulista atípica e parecida com o “dia do fogo”, ocorrido em 2019, quando desordeiros incendiaram diferentes pontos do território nacional. O governo de São Paulo estima que os prejuízos do fogo já passam de R$ 1 bilhão, e montou uma força-tarefa para combate e socorro. A Polícia Civil passou a investigar e procurar supostos lançadores do fogo. Foram presos quatro indivíduos que, com garrafas de gasolina e outros artefatos, atearam fogo em lixo e florestas. Os policiais buscam conhecer a motivação de cada um.

As queimadas constituem um grande problema. Hábito dos agricultores primários, elas são combatidas há tempo, mas muitos insistem em utilizá-la como “limpeza” do terreno e, com isso, acabam provocando grandes desastres e prejuízos.

Destaca-se a importância do trabalho deflagrado em São Paulo tanto pelo Estado quanto pela União para debelar os incêndios florestais que, além de danos ao meio-ambiente, causam grandes prejuízos e até mortes. Espera-se que as forças policiais cheguem à real motivação da grande queimada, identifique os responsáveis e isso produza a mais severa punição. Num tempo em que o mundo inteiro investe alto na descarbonização – com novos combustíveis menos agressivos, uso da eletricidade e outras medidas – não faz sentido algum a comunidade continuar convivendo com queimadas.

Que a estrutura policial nacional seja capaz de chegar aos responsáveis e de apresentá-los à Justiça com o relato dos crimes cometidos por cada um deles. E que esses ilícitos sejam rigorosamente cobrados dos cometedores e sirvam de desencorajamento a todos que vierem a pensar em atear fogo em florestas. Manter o controle do fogo não representa apenas a proteção das florestas, do patrimônio e das atividades econômicas. Também é importante para que o Brasil possa cumprir os compromissos ambientais assumidos com a comunidade internacional, sem o que o país pode perder mercados e ainda sofrer sanções.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)


 SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

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