No menu items!
28 C
São Paulo
sexta-feira, 1 dezembro, 2023

ARTIGO | Uma análise crítica sobre as queimadas na Amazônia

Por Renata Franco

Há muito se alardeia sobre o desmatamento na Amazônia. Ano após ano, notícias relatam o maior desmatamento no período e o alerta de que a Floresta Amazônica se aproxima de um estágio de perda da resiliência, ou seja, perda da capacidade de se recuperar diante dos danos sofridos, mais rápido do que o previsto.

Recentemente, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicou que o desmatamento na Amazônia Legal foi de 291 km², em fevereiro. A Amazônia Legal corresponde a 59% do território do país. Esse desmatamento seria o maior nível, para o mês, em toda a série histórica em que a instituição fez as medições.

Em que pese a concepção e a percepção sejam mais recentes, as questões ambientais que se manifestam no Brasil desde o seu descobrimento refletem na construção do pensamento social brasileiro.

A história brasileira de exploração como Brasil colônia e degradação ambiental de alguns desastres ambientais como a tragédia da Vila Socó em Cubatão (SP), o caso do Césio 137 de Goiânia (GO) e o desmatamento desenfreado da Amazônia e da Mata Atlântica contribuíram e muito para a realidade do ordenamento jurídico pátrio.

Tanto que a Lei de Crimes Ambientais foi votada em caráter de urgência, em fevereiro de 1998, em virtude dos altos índices de desmatamento na Amazônia (21.050 Km² em 1998) e à pressão internacional para que o Governo Brasileiro adotasse medidas eficientes para o seu combate.

Apesar das inúmeras discussões sobre a Lei de Crimes de Ambientais, observa-se que seu êxito foi relativo: o desmatamento reduziu em praticamente 50%, mas em 2022 ainda era de 11.568 Km². Além disso, a pressão internacional continua grande sobre a soberania nacional de nossa floresta.

A solução não é simples, mas deve ser enfrentada! E a contradição na relação entre desenvolvimento e meio ambiente – como crescer economicamente sem afetar o estoque de riquezas naturais existentes no planeta, deve ser superada com o equilíbrio dos meios de produção e, enquanto não se evolui o pensamento social voltado para esse equilíbrio, o estado precisa fazer as suas vezes, como órgão de gestão e fiscalização de forma efetiva!

Renata Franco é especialista em Direito Ambiental e Regulatório


SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

Ministério das Cidades vai liberar R$ 1,4 bilhão para o VLT da capital paulista pelo PAC

A ideia é que esse sistema de bonde moderno interligue ônibus e metrô A capital paulista deve receber em torno de R$ 1,4 bilhão do...

ARTIGO | Pressão arterial flutuante: sinal de alerta para demência e doenças cardíacas

Pequenas flutuações na pressão arterial (PA) dentro de 24 horas, bem como ao longo de vários dias ou semanas, estão associadas a distúrbios de...

Prêmio Municipal de Educação em Direitos Humanos é entregue a 11 projetos produzidos por estudantes

10ª edição do evento foi realizada em 14 de novembro no Memorial da Inclusão, na Zona Oeste Projetos sobre rios subterrâneos da região da escola,...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui