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sexta-feira, 26 julho, 2024

ARTIGO | Importância da indústria para o empoderamento feminino

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, embora ainda tenhamos muito a evoluir, é gratificante observar que as profissionais já respondem por um quarto dos recursos humanos no parque fabril brasileiro. Além disso, sua participação em cargos de gestão passou de 24% para 31,8%, entre 2008 e 2021. Esses dados do Observatório Nacional da Indústria/ CNI mostram que, apesar de o índice ser ainda inferior ao dos demais ramos da economia, o crescimento em nosso setor nas funções de liderança, de 32,5%, foi três vezes maior no período do que em todos os demais, nos quais houve avanço médio de 9,8%.

O levantamento também apontou que, a cada 10 indústrias brasileiras, seis realizam programas de promoção da igualdade de gênero, 61% delas há mais de cinco anos. É crucial que o exemplo da indústria e outros setores produtivos sensibilize cada vez mais a sociedade brasileira quanto ao caráter nocivo e inaceitável do preconceito e da discriminação. Também é prioritário o combate à truculência e agressões contra a mulher.

O Atlas da Violência 2023, publicado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revela um aumento de 4,72% na taxa de homicídios femininos em lares brasileiros entre 2011 e 2021. São cerca de 1,4 mil assassinatos por ano pela simples condição de gênero. O 17º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública/2023 relata um recorde de 74.930 casos de estupros em 2022.

É inadmissível continuarmos convivendo com estatísticas tão tristes como essas em nosso país. Por isso, a valorização e o respeito à condição feminina por meio do trabalho e das oportunidades profissionais isonômicas, como vem ocorrendo na indústria, são muito significativos, pois empoderam as mulheres e as fortalece na luta contra a violência. Mas, esta é uma causa de todos nós. Precisamos continuar mobilizados de modo incansável, todos os dias, para que a desigualdade e a violência de gênero sejam extirpadas de nossa sociedade.

*Rafael Cervone, engenheiro e empresário, é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)


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