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sexta-feira, 26 julho, 2024

ARTIGO | Igualdade salarial como um dos pilares do S no ESG

A agenda ESG tem avançado nas organizações, trazendo maior ênfase às ações de sustentabilidade, impactos na sociedade e estruturação de uma governança efetiva.

E esse movimento tem promovido transformações relevantes; contudo, a sustentabilidade destas ações vai além de sua implementação, pois é altamente dependente da cultura, que, invariavelmente, reflete a nossa sociedade, onde há uma nítida desigualdade entre homens e mulheres.

Neste sentido, o ‘S’ de social merece atenção, pois ele desempenha um papel importante nos processos internos das empresas, com destaque à Igualdade de Gênero e Igualdade Salarial.

Das mais de 400 empresas listadas na B3, apenas 16 constam no GEI, demonstrando atenção às questões de equidade de gênero. Ao cruzarmos isso com o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (conhecido como carteira ISE), um indicador que mostra o grau de comprometimento com a sustentabilidade empresarial, vemos que dessas 16 empresas, 11 estão na carteira ISE.

Nesse contexto, uma pesquisa da WTW destacou a importância da transparência salarial, seus problemas, desafios e temores. Atualmente, a ênfase da comunicação sobre o tema está nos níveis de cargo e remuneração variável – ao passo que faixa salarial e remuneração média das funções têm menor prevalência no que é informado ao empregado. A pesquisa também lista os canais de comunicação mais usuais para programas desta natureza: gestores, intranet e portal de RH.

Apesar das dificuldades e preocupações, a importância da nova legislação fica clara. É uma oportunidade para a organização se posicionar frente aos seus colaboradores e para o mercado sobre algo que impacta toda a sua força de trabalho e refletir sobre a necessidade apenas atender à legislação ou enxergar a lei como uma janela de oportunidade para as práticas de diversidade e inclusão.

Assim como o ESG não é apenas uma questão organizacional interna, a transparência salarial não é apenas uma resposta à legislação. As duas refletem anseios sociais, se complementam e, juntas, trazem uma oportunidade para fortalecer a marca empregadora, engajar funcionários e, sobretudo, construir um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo, sem jamais deixar de ser lucrativo ou competitivo.

*Guilherme Vieira, diretor de Experiência do Empregado da WTW


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