No menu items!
23.1 C
São Paulo
segunda-feira, 16 junho, 2025

Apesar da redução, desmatamento ainda ameaça futuro da Mata Atlântica

Expansão da agropecuária é o principal vetor desse desmatamento

A área total desmatada no bioma da Mata Atlântica caiu 14% em 2024. No entanto, a perda das matas maduras – com maior biodiversidade e estoque de carbono – teve redução de apenas 2%. Os dados são do Atlas da Mata Atlântica e do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) do bioma, divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica.

A redução registrada nos monitoramentos é considerada pequena diante do objetivo necessário, que é o desmatamento zero, conforme avaliou a SOS Mata Atlântica. As perdas permanecem altas, principalmente em áreas historicamente críticas, e avançam sobre matas maduras, que são insubstituíveis em biodiversidade e regulação climática.

O diretor executivo da fundação, Luís Fernando Guedes Pinto, avalia que o desmatamento ainda representa uma grande ameaça para o futuro do bioma. Ele pontuou que o bioma da Mata Atlântica abriga cerca de 70% da população brasileira e sustenta mais de 80% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

“No contexto das crises globais do clima e da biodiversidade, das tragédias ambientais e das recorrentes crises hídricas no Brasil, a degradação da Mata Atlântica amplia o risco de colapso dos serviços ecossistêmicos essenciais à nossa qualidade de vida, à segurança alimentar e à economia do país”, disse Guedes Pinto.

O Atlas, que é coordenado pela fundação e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), acompanha fragmentos com mais de 3 hectares (ha) em áreas de mata madura. Seus registros apontaram que a perda na vegetação passou de 14.697 hectares em 2023 para 14.366 hectares em 2024, o que representa uma redução de 2% na área desmatada.

De acordo com o SAD Mata Atlântica, a expansão da agropecuária em áreas privadas ainda é o principal vetor do desmatamento do bioma, respondendo pela maioria dos alertas em 2024. Apesar da redução da área desmatada em alertas menores que 50 hectares, as grandes derrubadas – acima de 50 hectares – permaneceram estáveis, o que elevou a área média suprimida por evento.

Os levantamentos mostram ainda que, em 2024, mais de 70% das áreas desmatadas estavam em terras privadas ou em áreas sem registro fundiário formal. Segundo a fundação, isso reflete a disputa fundiária e a necessidade de maior regularização e fiscalização.

Com informações de Agência Brasil


SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

Hospital Municipal Gilson de Cássia Marques de Carvalho completa 10 anos com 12 mil pacientes oncológicos atendidos

Hospital é a única unidade pública municipal de referência no tratamento de câncer, garantindo assistência de alta complexidade Inaugurado em 10 de junho de 2015,...

Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil: mais de 1,6 milhão de crianças e adolescentes são submetidos à situação de trabalho no Brasil

ChildFund Brasil atua na proteção de crianças, jovens e adolescentes e conduz iniciativas que incentivam o desenvolvimento integral e previnem o trabalho infantil Entre os...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.