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terça-feira, 1 julho, 2025

A  maior seca das últimas sete décadas

Acordamos, pela manhã, sentindo no ar o cheiro forte de mato queimado e com dificuldades para respirar. Vivemos a maior seca das últimas sete décadas, revelam as informações do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. É a primeira vez que a estiagem afeta intensamente uma região tão ampla. Ela vai da Amazônia até o Paraná, potencializando incêndios e provocando a baixa recorde dos rios. E a situação ainda tende a se agravar até o mês de novembro.

Na Amazônia, onde boa parte do transporte é hidroviário, várias cidades estão isoladas por causa dos rios que secaram. A população já encontra dificuldade para transitar pelos rios amazônicos. Segundo a Defesa Civil do Amazonas, o afluente secou cerca de 25 centímetros por dia na última semana.

Os focos de incêndio por todo o país e a fumaça estão provocando problemas respiratórios na população. No interior de São Paulo, em poucos dias a quantidade de focos de incêndio superou o registrado durante o ano passado inteiro, causando prejuízo que supera R$ 1 bilhão. A médio prazo, o impacto na agricultura ainda não foi estabelecido, mas deverá acontecer. Estudos têm apontado os efeitos da crise climática em cultivos importantes para o agronegócio do país, como café e cana-de-açúcar.

As polícias investigam os possíveis incêndios criminosos e devem apresentar ao Ministério Público e ao Poder Judiciário os seus responsáveis. Já existem mais de uma dezena deles encarcerados e identificados nas diferentes regiões do interior paulista.

O quadro de seca é grave e exige providências em todo o País. Tanto que a ministra Marina Silva, do Meio-Ambiente, adverte que a continuar o atual estado de coisas, o Pantanal estará extinto até o final do século, com grandes danos ambientais. Na verdade, o nosso país necessita de uma nova política para o controle do fogo. Além de combater com o maior rigor os que o ateiam criminosamente, é preciso criar mecanismos para prevenir o incêndio florestal em vez de apagá-lo depois de ocorrido. Tudo o que se investir nessa tarefa é plenamente justificável porque, além do custo, muito do patrimônio que pode ser consumido num incêndio leva anos para se recompor, quando isso for possível. Sem falar da vida – humana, animal e vegetal – que, quando é levada a cabo, não se recupera; só volta a existir através de novos indivíduos. Preservar a vida é fundamental.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)


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