O aleitamento materno é essencial para fortalecer o sistema imunológico e ajudar no desenvolvimento do sistema neurológico
Neste mês é celebrado o Agosto Dourado, que visa conscientizar a população sobre a importância do aleitamento materno, em uma campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a mobilização é determinada por meio da Lei n.º 13.345/2017. O aumento das metas de amamentação também faz parte da Agenda 2030 da ONU. A ginecologista e obstetra do Hospital Edmundo Vasconcelos, Luana Ariadne Ferreira, destaca a importância de uma amamentação adequada e a importância da campanha.
“A amamentação é essencial porque fornece todos os nutrientes que o bebê precisa para um desenvolvimento saudável. Além disso, cria um vínculo afetivo muito forte entre mãe e bebê”, afirma ela.
O leite materno possui propriedades como anticorpos que atuam no fortalecimento do sistema imunológico, combatendo vírus e bactérias e ajudando a proteger o bebê contra infecções e doenças, além de contribuir para o desenvolvimento neurológico. Por isso, explica a médica, é primordial reforçar a importância do aleitamento durante toda a gestação e logo após o nascimento do bebê. “A recomendação da OMS é que a amamentação exclusiva deve acontecer até os seis meses. Após esse período, até os dois anos, a amamentação pode complementar a introdução dos primeiros alimentos. Mas isso pode variar conforme o desejo da mãe e a necessidade da criança. O ideal é continuar a tentar amamentar por mais tempo”, ressalta.
A ginecologista explica que algumas mães podem sofrer algumas alterações e dificuldades com o aleitamento como dores, rachaduras, alterações de pega, mamilos planos e até mesmo dificuldades em relação à produção de leite. “É importante contar com a ajuda de um profissional de saúde, como uma consultora de amamentação, para ajudar a superar as dificuldades em relação ao aleitamento. Essas consultoras podem orientar em relação às técnicas para melhorar a pega, o que vai diminuir as rachaduras, a dor e melhorar a produção do leite”, destaca a profissional.
Doação de leite materno
Muitos bebês, especialmente os prematuros, não conseguem ser amamentados por suas mães por conta de várias razões médicas. Para esses casos, o leite materno pode ser doado.
“Poderá doar qualquer mãe que esteja amamentando e produza mais leite do que o seu bebê necessita. As doadoras precisam passar por uma triagem de saúde para garantir que o leite é seguro para os bebês receptores. Mesmo uma pequena quantidade de leite doado já é importante”, avalia a médica.
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