Base histórica mostra que, no geral, a população da capital vive mais, mas diferença entre bairros ricos e pobres continua alta e inalterada há quase duas décadas
Na última quarta-feira (27), a Rede Nossa São Paulo lançou o Mapa da Desigualdade de São Paulo 2024. O estudo apresenta 11 indicadores dos 96 distritos da capital paulista, divididos em diferentes áreas temáticas: saúde, habitação, trabalho e renda, mobilidade, direitos humanos, cultura, esportes, infraestrutura digital, segurança pública e meio ambiente.
Produzido há mais de 10 anos, o Mapa da Desigualdade de São Paulo mostra a oferta de serviços e infraestrutura urbana em cada distrito da cidade, além de dados que refletem a qualidade de vida da população nessas localidades. Desse modo, é possível observar a desigualdade entre os territórios da capital em diferentes temas e indicadores, e apontar os desafios e prioridades de investimento do poder público.
Neste ano, a principal novidade é o levantamento da base histórica do indicador Idade Média ao Morrer de 2006 a 2023. O trabalho traz a evolução da média geral da cidade e os dados dos distritos que apresentam o melhor e o pior desempenho no mapa de 2024: Alto de Pinheiros (82 anos) e Anhanguera (58 anos). Na média geral, os moradores da capital vivem seis anos a mais do que há 17 anos. Quando se observa a diferença entre os dois distritos ao longo do tempo, porém, a desigualdade permanece inalterada no período:
A Nossa São Paulo elaborou também a projeção linear do indicador em ambos os distritos, com base nos dados coletados. O resultado mostra que Anhanguera atingirá uma idade média ao morrer de 82 anos por volta do ano 2065, ou seja, em 40 anos. Essa previsão é aproximada e considera a tendência atual sem intervenções significativas para acelerar a melhoria das condições de saúde e qualidade de vida no distrito. Já o Alto de Pinheiros apresenta uma tendência de aumento anual médio neste indicador de aproximadamente quatro meses.
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