O novo combustível limpo é produzido a partir de etanol e água
Um projeto, que está sendo desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), vai colocar o Brasil em novo patamares da sustentabilidade mundial. A instituição está alinhando com países desenvolvidos para a produção de Hidrogênio Verde, um tipo de energia que não polui o meio ambiente e que pode revolucionar a produção energética do país.
Essa fonte de energia é antiga, mas é uma novidade o Brasil se preparar para produzir a substância, a proposta visa sair do papel em seis meses através de um incentivo financeiro pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da empresa de combustíveis Shell.
O órgão da responsável pelo projeto é o Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa da USP, que contará com uma máquina capaz de produzir Hidrogênio Verde a partir de etanol e água.
No ques está programado, esta máquina será instalada dentro da Cidade Universitária, no Butantã, zona Oeste, estará ao lado da raia olímpia. Além disso, a primeira proposta é contremplar três ônibus que circulam pelo campus a rodarem movidos com o combustível feito por Hidrogênio Verde.
Em direção do projeto, a EDP Brasil, grande empresa de produção energética, pretende inaugurar a primeira plantação que contemplará a produção deste combustível em Fortaleza, Ceará, com um investimento inicial cerca de R$ 50 milhões.
A parceria com uma empresa privada faz parte de uma série de 17 projetos, somente no estado do Ceará, para produção do Hidrogênio Verde, e que já tem projetos em andamento para que o Estado nordestino crie uma mesma instalação de produção de energia, como o da USP.
Durante o funcionamento de um carro movido a energia limpa, o escapamento sai hidrogênio, mas sobra também o monóxido de carbono, um dos gases que gera o Efeito Estufa. Mas como solução, a ideia é usar o gás nas hortas contempladas pela USP, onde os próprios vegetais realizam a fotossíntese e absorvem o carbono.
Outra alternativa limpa para usar o monóxido de carbono de maneira sustentável está em enterrar o rejeito em locais próximos às usinas, fazendo o carbono reagir com outras substâncias.
Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável, até 2050 o hidrogênio poderá ser responsável por até 12% da demanda por energia no mundo todo.
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