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sexta-feira, 20 junho, 2025

USP desenvolve sistema que remove resíduos de medicamentos da água potável

Sistema mais eficiente desenvolvido na Poli permite acelerar o processo de degradação de micropoluentes em águas residuais

Pesquisadores comprovaram eficiência de nova forma de se remover contaminantes orgânicos de sistemas hídricos. Na Escola Politécnica (Poli) da USP, nanomateriais são manipulados para eliminar fármacos da água que chega às torneiras.

“Se você for verificar, tem paracetamol até na água que bebemos”, afirma Douglas Gouvêa, um dos autores do estudo conduzido no Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (PMT) da Poli. Para entender o cenário, ele levantou alguns dados: só no Brasil, são consumidas 500 toneladas da droga por ano. A estimativa de sua equipe é que os resíduos remanescentes sejam encontrados em concentrações entre 0,5 e 10 nanogramas por litro em corpos hídricos.

Coordenador do Laboratório de Processos Cerâmicos, Gouvêa explica que o controle sobre as nanopartículas certas possibilita a remoção de contaminantes da água. A técnica, detalhada em artigo publicado na revista ACS Applied Nano Materials, “é única e exclusiva” no mundo, afirma o professor. Sua aplicação permite colocar os conhecimentos da físico-química a serviço da sociedade, adiciona.

A serviço da sociedade

A técnica proposta pelos pesquisadores possibilita avanços no tratamento de água residual antes da introdução de poluentes nos ecossistemas. A dupla explica que é possível criar um sistema com óxido de zinco dopado por cloro acoplado a uma placa de vidro, que permite a chegada de radiação ultravioleta. A passagem da água contaminada pelo painel solar promove a degradação das moléculas de paracetamol do sistema.

Como próximo passo, Silva quer testar a mesma metodologia aplicada aos herbicidas. Esses compostos, assim como os medicamentos, são poluentes orgânicos que podem se acumular tanto nos organismos quanto no ambiente. O glifosato, pesticida alvo, apesar de estar associado a diversos riscos para a saúde humana e o meio ambiente, é utilizado em larga escala: “Hoje se fala em uma concentração de 0,1 a 0,3 microgramas por litro na água. O limite seguro de 0,7mg/L está bem próximo”, alerta Gouvêa.


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