A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS) disponibiliza à população uma rede completa de apoio à pessoa idosa que sofre violência física, psicológica, financeira ou sexual, de maneira sensível e acolhedora. Por meio do Núcleo de Prevenção à Violência (NPV), com profissionais habilitados das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Programa Acompanhante de Idosos (PAI) e Unidades de Referências à Saúde do Idoso (Ursis), as equipes fazem uma abordagem humanizada e discreta, com um direcionamento para atendimento e tratamento especializado.
De acordo com dados do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do município de São Paulo, entre janeiro de 2016 e junho de 2022, foram atendidos 9.948 casos de violência contra idosos de 60 a 80 anos de idade.
De acordo com Lilian de Fátima Costa Faria, assessora técnica da Divisão de Ciclos de Vidas da SMS, o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado em 15 de junho desde 2006, quando foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, é uma data importante que visa chamar a atenção para esse tipo de violência e alertar as vítimas sobre a importância de procurar ajuda.
“É importante salientar que o idoso muito raramente traz a queixa de violência e as equipes são treinadas para ter o olhar atento e a escuta qualificada ao entender e acolher essa demanda muitas vezes oculta em outras queixas. […] O maior antídoto da violência é a ampliação da inclusão na cidadania”, explica.
Os serviços públicos e privados de saúde são orientados a registrar as informações dos casos de violência junto ao paciente ou ao seu acompanhante utilizando-se a ficha de notificação individual e, posteriormente, cadastrar o caso no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Em todos os casos será realizada uma avaliação da situação pela UBS mais próxima do local da ocorrência. Os casos suspeitos ou confirmados de violência serão obrigatoriamente notificados à Vigilância sanitária pelos serviços de saúde, seja ele público ou privado.
Além das unidades de saúde, casos de violência ou de suspeita, podem ser comunicados a vários órgãos como o Disque 100, Conselho Municipal do Idoso, delegacias de polícia e Ministério Público.
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