No menu items!
11.4 C
São Paulo
quinta-feira, 3 julho, 2025

Profissionais das gerações Z e Millennials tiveram o maior crescimento no uso de medicamentos para saúde mental

Levantamento da Vidalink aponta aumento de 7,9% no número de profissionais da Gen Z que usam o plano de medicamentos para ansiedade e depressão; Millennials vêm em seguida, com alta de 6,8%

Profissionais da geração Z (1997 a 2012) apresentaram, em 2024,  o maior crescimento no uso de medicamentos para saúde mental, especialmente antidepressivos e ansiolíticos. É o que aponta um levantamento exclusivo da Vidalink, maior empresa de planos de bem-estar corporativo do Brasil, com base na análise de 273.626 unidades de medicamentos consumidas ao longo do último ano por 58.949 colaboradores de 165 empresas brasileiras. O levantamento integra o monitoramento do plano de medicamentos subsidiado pelas empresas, que cobre de 50% a 100% do custo dos tratamentos.

A Geração Z foi a que mais cresceu em 2024, com aumento de 7,9% no número de usuários do plano e de 6,6% no volume de medicamentos consumidos. Em seguida, os Millennials (nascidos entre 1982 e 1994) também apresentaram crescimento: alta de 6,8% no número de usuários e de 5,6% nas unidades de medicamentos.

Já a Geração X (nascidos entre 1965 e 1980) apresentou retração, com redução de 3% no número de usuários e de 3,8% na quantidade de medicamentos subsidiados. Os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) também registraram queda: diminuição de 5% no número de usuários e de 3,9% no consumo de medicamentos. Esses dados podem indicar uma menor busca por apoio médico ou uma resistência maior à medicalização por parte das gerações mais velhas.

“Esses dados refletem mais do que uma tendência de consumo: indicam uma transformação no modo como as novas gerações lidam com a saúde mental no ambiente corporativo. O tratamento medicamentoso, antes cercado de estigmas, agora é reconhecido como uma ferramenta legítima de cuidado sempre que recomendado por um médico”, afirma Luis Gonzalez, CEO e cofundador da Vidalink.

Geração Z: catalisadora de mudanças

A geração Z deve representar 25% da força de trabalho global neste ano, de acordo com relatório da consultoria McKinsey. Segundo Luis Gonzalez, é uma geração de nativos digitais que está extremamente conectada e exposta a pressões sociais e digitais, ao mesmo tempo que busca por alternativas de bem-estar. “Esses jovens entram no mercado de trabalho em meio a mudanças rápidas e uma consciência aguda sobre o futuro do planeta, o que torna essencial que as empresas promovam um ambiente de trabalho que valorize a saúde mental e a resiliência”, explica.

Gonzalez afirma que a alta demanda entre os jovens em temáticas de saúde mental reflete transformações sociais e estruturais profundas no mercado de trabalho.

“A imprevisibilidade do mercado de trabalho, impulsionada por avanços como a automação e a inteligência artificial, torna difícil para os jovens estruturarem seus planos. Isso gera ansiedade, frustração e, muitas vezes, sintomas depressivos”, analisa o CEO. “Além disso, as novas gerações cresceram com um modelo parental que, ao tentar protegê-las, por vezes limitou a exposição à frustração, algo inevitável na vida adulta”, complementa.

Outro fator determinante, segundo o executivo, é a redução do estigma: “Há uma aceitação muito maior dos tratamentos psiquiátricos entre os mais jovens, o que contribui para que eles busquem ajuda de forma precoce. Por outro lado, gerações mais velhas tendem a normalizar o sofrimento, o que pode postergar diagnósticos e tratamentos”, diz.

Millennials: entre a frustração e a busca por equilíbrio

Embora o maior crescimento proporcional esteja entre os profissionais da geração Z, os Millennials ainda lideram em número de usuários de medicamentos para saúde mental. Nascidos entre 1982 e 1994, eles chegaram à fase adulta com grandes expectativas de sucesso profissional, estabilidade financeira e conquistas pessoais. No entanto, crises econômicas e transformações profundas no mundo do trabalho alteraram esse percurso.

Hoje, muitos desses profissionais enfrentam frustrações diante de metas que pareciam acessíveis para gerações anteriores. Convivem com altos níveis de exigência, desejo por ascensão rápida e, simultaneamente, buscam flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

“Apesar das adversidades, os Millennials continuam considerando o trabalho uma dimensão central de suas identidades. Ao mesmo tempo, integram o movimento por mais equilíbrio e bem-estar”, acrescenta Gonzalez.

A valorização de modelos híbridos e remotos, por exemplo, revela esse desejo por estilos de vida que priorizem vínculos familiares, redução de custos e qualidade de vida. “O uso de medicamentos, aliado a mudanças no estilo de vida e ao apoio psicoterapêutico, tem sido uma das estratégias adotadas para lidar com os desafios emocionais contemporâneos”, completa.

Medicamento é parte da solução, não o todo

Gonzalez reforça que o uso de medicamentos deve ser entendido como parte de uma abordagem multidisciplinar, que inclua cuidados integrados com o estilo de vida e acompanhamento psicológico: “Sono adequado, alimentação balanceada, atividade física regular, contato com a natureza e vínculos sociais saudáveis são fundamentais para a saúde emocional. A combinação do acompanhamento psicológico com tratamento medicamentoso potencializa os resultados e fortalece o indivíduo frente às adversidades”, explica.

Nesse contexto, o papel das empresas é decisivo. “Ao oferecer benefícios voltados à saúde mental, como planos de medicamentos e sessões de terapia, as organizações contribuem diretamente para a redução do estigma e para a criação de ambientes psicologicamente seguros”, destaca Gonzalez. “Além disso, benefícios flexíveis, que contemplem as dimensões de saúde física, alimentação e desenvolvimento pessoal e profissional, também impactam positivamente o bem-estar mental dos colaboradores. Acolher as novas gerações, que trazem essas demandas com ainda mais força, é um passo essencial para o futuro do trabalho”, conclui.


SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

São Paulo e ONU-Habitat lançam plataforma sobre Planos de Saneamento e Gestão de Resíduos Sólidos

Conteúdo inclui uma visão abrangente sobre o saneamento básico...

Lei sancionada pelo governador dá à Prefeitura autonomia para proibir mototáxi na cidade de São Paulo

Decisão determina que cada município tem poder para permitir...

O perigo da cirurgia e mudança da cor dos olhos

Adolescentes ignoram riscos e invadem consultórios em busca da...

São Paulo e ONU-Habitat lançam plataforma sobre Planos de Saneamento e Gestão de Resíduos Sólidos

Conteúdo inclui uma visão abrangente sobre o saneamento básico no município Para fortalecer a gestão pública e promover a participação cidadã, a Prefeitura de São...

Lei sancionada pelo governador dá à Prefeitura autonomia para proibir mototáxi na cidade de São Paulo

Decisão determina que cada município tem poder para permitir ou vetar o serviço, que já é proibido na capital por decreto municipal O governador Tarcísio...

O perigo da cirurgia e mudança da cor dos olhos

Adolescentes ignoram riscos e invadem consultórios em busca da cirurgia  para imitar famosos Na última semana  adolescentes que seguem Maya Massafera começaram a invadir os ...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.