Pessoas estavam acolhidas na rede de acolhimento da capital e retomaram suas vidas com dignidade
Começar de novo, com um emprego para custear a própria moradia, ou voltar para junto da família, na cidade de São Paulo ou mesmo em outro município, mas sempre com orientação e apoio. Esse é o resumo das histórias de 6.032 pessoas que, após meses e até anos vivendo em situação de rua, recomeçaram suas vidas neste primeiro semestre de 2023, mais de mil por mês, em média.
Esse recomeço foi possível por meio de programas da Prefeitura de São Paulo voltados ao acolhimento e resgate das pessoas mais vulneráveis, que vivem em situação de rua, com o objetivo de oferecer uma saída qualificada para elas.
Saída qualificada é quando a pessoa deixa os serviços da rede socioassistencial com autonomia, ou seja, quando consegue um trabalho para o próprio sustento.
O último censo realizado pela Prefeitura apontou que, no final de 2021, havia 31.884 pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo. Desse total, 19.209 estavam em logradouros públicos e 12.675, abrigadas em centros de acolhida, serviços que formam a maior rede socioassistencial da América Latina e são administrados pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).
São oferecidas atualmente mais de 25 mil vagas de acolhimento para população em situação de rua, por meio de mais de 340 serviços, como CAs (Centros de Acolhimento), hotéis sociais, república para adultos, Vila Reencontro, entre outros.
A maioria das 6.032 pessoas que conseguiram uma saída qualificada das ruas foi para uma moradia autônoma. Cerca de 1,5 mil voltaram ao convívio familiar. Em torno de mil mudaram de cidade ou endereço, com apoio da rede. Quase 300 conseguiram algum tipo de trabalho. Os demais foram para moradia provisória, alojamento em local de trabalho ou para uma república.
Mara Marcia Barbosa da Silva, 44, faz parte dessas mais de 6.000 pessoas. Ela conta que foi levada por uma amiga ao CA (Centro de Acolhimento) da Prefeitura de São Mateus, na zona leste de São Paulo, onde ficou por dois anos.
“Tudo mudou na minha vida com o que aprendi no centro de acolhimento”, afirma Mara, que, hoje, mora em uma casa alugada e se mantém com os diversos trabalhos que faz, além de uma cesta básica que recebe todos os meses.
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