Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro pediu um “parecer” ao Ministério da Saúde para que pessoas vacinadas contra a Covid-19 ou que já foram infectadas pela doença parem de usar máscaras. No entanto, especialistas alertam que a população brasileira ainda não está totalmente vacinada para descartar as máscaras
Na última quinta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um “parecer” para que pessoas vacinadas contra a Covid-19 ou que já foram infectadas pela doença parem de usar máscaras.
Especialistas, no entanto, alertam que a medida vai ajudar apenas no avanço da contaminação pela Covid-19 e que a população brasileira ainda não está totalmente vacinada para descartar as máscaras.
“Não há a menor justificativa para isso na situação atual do Brasil. Na comparação com os Estados Unidos, são situações epidemiológicas completamente distintas. Aqui temos baixa cobertura vacinal, alta taxa de infecção e circulação viral. Além disso, estamos no inverno, quando as infecções respiratórias aumentam. Exatamente o contrário dos EUA”, disse o infectologista Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.
No dia seguinte a primeira declaração, o presidente se manifestou novamente e informou que a decisão sobre o uso de máscaras é de prefeitos e governadores.
A Prefeitura de São Paulo, então, se manifestou anunciando que o uso de máscara deve ser mantido após vacinação e por quem já teve Covid-19.
“É importante enfatizar que tanto as pessoas que foram imunizadas, como quem já teve a infecção e se recuperou, devem continuar tomando os cuidados necessários para evitar a propagação do coronavírus. Para isso, é preciso manter o uso da máscara de proteção, a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel, e o distanciamento social, sempre evitando aglomerações. A máscara funciona como uma barreira física, que impede a liberação de gotículas no ar quando há tosse, espirro e durante uma conversa. É desta forma que o vírus é transmitido. Por isso, o acessório não deve ser dispensado em hipótese alguma. Deve ser utilizado em locais abertos ou fechados durante qualquer tipo de atividade, inclusive exercícios físicos. Pode ser retirado apenas para alimentação, com higienização das mãos antes e depois e em locais onde não haja aglomeração”.
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