No menu items!
20.1 C
São Paulo
sexta-feira, 9 maio, 2025

Olimpíadas é lugar de mulher

Os brasileiros passaram as últimas semanas vibrando no fuso horário olímpico. Nos tornamos especialistas em modalidades que pouco conhecíamos antes e a comemoração de cada medalha ganhou dimensão de conquista pessoal. Foi bonito de ver, e mais ainda com o brilho das mulheres na competição.

Essa também foi a primeira edição da competição com o mesmo número de esportistas homens e mulheres, um marco para uma história que se iniciou sem elas. A discriminação é história que se repete em outros campos, como a participação de mulheres na política.

No Brasil, o voto feminino foi permitido pela primeira vez apenas em 1932, e logo no ano seguinte tivemos a primeira brasileira eleita para a Assembleia Nacional Constituinte. Foi assim que a médica paulista Carlota Pereira de Queirós se tornou a primeira deputada federal da América Latina. Ao longo do século fomos ocupando espaços no campo esportivo, público e político, mas de forma lenta e limitada.

Em 1996, a participação feminina nas Olimpíadas ainda não passava de um quarto dos competidores, uma dificuldade que reflete o desafio que as mulheres enfrentam para ocupar também outros espaços públicos. Os Jogos de Londres foram os primeiros com mulheres em todas as comitivas de países representados, e foi crescendo o número de esportes permitidos às mulheres. Mas, apesar dos avanços, os desafios permanecem.

Da mesma forma, as mulheres ainda estão sub representadas na política. Nas últimas eleições nacionais a bancada feminina da Câmara dos Deputados cresceu 18%, passando de uma composição de 77 deputadas nas eleições de 2018, para 91 eleitas em 2022. Mesmo assim, elas representam apenas 17,7% das cadeiras da Casa. Seja na política, nos esportes ou em outros espaços de destaque e liderança, queremos que as mulheres estejam por toda a parte!

Assistimos mulheres de todo o mundo brilhando nos Jogos de 2024, mesmo com os desafios extras que enfrentam em relação aos homens. Assim, enquanto nos emocionamos com os lindos pódios femininos, fica a pergunta sobre quantas ginastas, surfistas ou judocas extremamente talentosas ainda não foram descobertas no Brasil. E quantas mulheres gostariam de estar na política brasileira e não encontram espaço? Para que mais meninas e mulheres possam alcançar cargos de liderança e posições de prestígio, é responsabilidade de toda a sociedade promover condições para tal.

Marina Bragante é paulistana, mãe de trigêmeos, psicóloga e Mestre em Administração Pública por Harvard, com mais de 15 anos de experiência no setor público.


 SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

Aumento do diabetes piora a visão do brasileiro

Brasil ocupa a sexta posição no mundo em diabetes...

Como o trabalho temporário abre portas para jovens sem experiência no mercado de trabalho

Por Marcelo de Abreu O primeiro emprego é um desafio...

Aumento do diabetes piora a visão do brasileiro

Brasil ocupa a sexta posição no mundo em diabetes que aumenta o risco de graves doenças nos olhos O Brasil tem 16,6 milhões de diabéticos...

Rede Municipal de Ensino da capital atende mais de 1 milhão de estudantes com serviços desde alimentação até transporte escolar

Números refletem a grandiosidade de uma das maiores Redes Municipais de Ensino da América Latina Manter a permanência e a aprendizagem de mais de 1...

Como o trabalho temporário abre portas para jovens sem experiência no mercado de trabalho

Por Marcelo de Abreu O primeiro emprego é um desafio para muitos jovens brasileiros já que a falta de experiência, junto com as altas exigências...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.