No menu items!
21.2 C
São Paulo
terça-feira, 25 novembro, 2025

“Oi, NEM” – Enem e o Novo Ensino Médio

Se aproxima uma nova edição do Enem. Na multidão de candidatos, pessoas formadas nos moldes do antigo ensino médio e outras que vivenciaram, em meio a turbulências, total ou parcialmente, o Novo Ensino Médio – NEM.

A mudança tem como objetivos garantir a oferta de educação de qualidade a todos os jovens brasileiros e de aproximar as escolas à realidade dos estudantes de hoje, considerando as novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade. As novidades afetaram também a oferta de componentes curriculares como Arte, Educação Física, Filosofia, Sociologia, e Espanhol, que passou a ser oferecido opcionalmente com preferência sobre outras línguas.

Um aspecto importante a ser enfatizado, em relação a essa parte, foi a liberdade trazida por esse novo desenho, a qual propiciou altos voos na criação de percursos. Nesse cenário, a proposta era de que houvesse um novo Enem, a ser implantado em 2024, o qual desse conta de conciliar tudo isso. Ocorre que a previsão não se concretizou, dadas a suspensão da implantação e as modificações do NEM. E agora? Como ficam os estudantes que se prepararam para um novo que não veio? Em relação ao exame especificamente, a maior preocupação dos professores certamente está no esvaziamento de conteúdos que a nova ordem provocará. É óbvio: menor número de aulas, menor volume de assuntos estudados. E, caso as provas deste ano tenham caráter fortemente conteudista, é provável que os candidatos que passaram pelo NEM tenham mais dificuldade.

Já se a prova trouxer um enfoque maior nas habilidades relacionadas às competências de cada área de conhecimento, pode ser que o impacto seja menor. Aliás, talvez os que passaram pelo NEM levem até alguma vantagem, dado que os itinerários formativos, em tese, seriam montados com a pegada “mão na massa”.

Os educadores que atuam no ensino médio lidam com a sensação permanente de “enxugar gelo” e seguem com o dilema frustrante de querer/buscar inovar, ao reconhecer que o velho modelo não serve — não como algo que deva ser descartado, mas, sim, atualizado —, e, ao mesmo tempo, de responder às exigências impostas por um sistema educacional e por processos seletivos que, invariavelmente — quiçá inevitavelmente —, limitam em grande medida o fazer pedagógico. É o que temos para hoje!

Ênio César de Moraes é coordenador do Ensino Médio no Colégio Presbiteriano Mackenzie de Brasília.


SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

Temos o que celebrar no Dia Mundial do Saneamento?

Por Elzio Mistrello Estabelecido pela ONU em 2013 para ampliar...

Ultraprocessados já são quase um quarto da alimentação dos brasileiros

Levantamento em 93 países mostra que o consumo aumentou...

Parque público mais antigo da cidade, Jardim da Luz será requalificado com investimento de R$ 20 milhões

Anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes durante as comemorações pelos 200 anos da área Um dos parques mais frequentados da capital, com 2 milhões...

Temos o que celebrar no Dia Mundial do Saneamento?

Por Elzio Mistrello Estabelecido pela ONU em 2013 para ampliar a conscientização sobre a crise global de saneamento e a necessidade de ações urgentes, o...

Ultraprocessados já são quase um quarto da alimentação dos brasileiros

Levantamento em 93 países mostra que o consumo aumentou em 91 A participação de ultraprocessados na alimentação dos brasileiros mais que dobrou desde os anos...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.