O uso de energias renováveis tem se tornado cada vez mais promissor no Brasil. Entre os principais fatores estão as metas globais de emissões líquidas zero de carbono (Net Zero) e a crescente relevância das práticas ESG (Ambiental, Social e Governança). Esses fatores destacam a urgência de assegurar um futuro sustentável, promovendo o uso responsável e eficiente dos recursos naturais.
O avanço tecnológico tem contribuído para a ascensão das fontes renováveis, como fotovoltaica, eólica, biogás e hidrogênio verde. No entanto, o mercado ainda carece de qualificação profissional, impactando a execução de projetos e a operação e manutenção de sistemas, além das burocracias regulatórias que podem atrasar projetos.
A pesquisa “Reduzindo as incertezas das projeções climáticas sobre os recursos de energia solar no Brasil”, do INPE e Unifesp, aponta que a irradiação solar deve aumentar entre 2% e 8% na maior parte do Brasil até 2040, exceto no Sul, que terá uma redução de cerca de 3%.
Por outro lado, a região Sul possui o maior potencial técnico para geração eólica offshore, com 660 GW de capacidade instalada, de acordo com estudo do Banco Mundial em parceria com o Ministério de Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética.
Esses dados refletem a riqueza do Brasil em recursos naturais, tornando-o altamente promissor para o desenvolvimento de usinas de fontes renováveis. Uma possibilidade relevante é a implantação de usinas híbridas, que podem operar 24 horas por dia, combinando fontes de energia renovável como fotovoltaico e eólico, ou integrar recursos naturais com baterias para operação contínua e eficiente.
No entanto, o mercado ainda carece de qualificação profissional. Uma pesquisa do Senai revelou que o Brasil precisará formar quase 3 mil técnicos e trabalhadores qualificados por ano para expandir a produção de hidrogênio verde, combustível limpo proveniente de energias renováveis.
A especialização em energias renováveis tem se tornado indispensável para quem deseja trabalhar por um futuro sustentável, com estudo contínuo e acompanhamento do mercado para realizar projetos robustos e eficientes.
As hidrelétricas ainda dominam a geração de energia no Brasil, mas fontes como fotovoltaica, eólica e hidrogênio verde estão começando a se tornar uma realidade rentável, com investimento em tecnologia e formação de qualidade, além do apoio de empresas parceiras, sendo essencial para um futuro sustentável.
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Diego Guillen é engenheiro e especialista nas verticais de Energia e Transporte e atua como Gerente de Contas Estratégicas na Fluke do Brasil.
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Leonardo Bastos é instrutor na Fluke Academy e especialista em ensaios e diagnósticos elétricos e em comissionamento de usinas FV.
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