País carece de políticas públicas de amparo às vítimas de trânsito
As férias escolares de julho fazem com que o fluxo de carros aumente nas estradas do país, com muitas famílias em busca de diversão e lazer. Mas, lamentavelmente, a viagem nem sempre tem um final feliz para muitas pessoas. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam que o número de acidentes nas estradas federais cresce em até 20% neste período. A boa notícia é que o número de mortes tem caído. Porém, há um número cada vez maior de vítimas sequeladas.
Para se ter uma ideia, os acidentes de trânsito no Brasil deixam, por ano, cerca de 250 mil vítimas com sequelas permanentes, de acordo com o “Estudo dos Custos de Acidentes de Trânsito no Brasil”, realizado pelo Instituto de Segurança no Trânsito. “Mas este número deve ser bem maior, já que há muitos casos de subnotificação”, alega Lucio Almeida, presidente do CDVT – Centro de Defesa das Vítimas de Trânsito, ONG com atuação nacional e sem fins lucrativos.
Para o presidente da entidade, o problema é agravado pela falta de políticas públicas de amparo às vítimas. “Não podemos mais tolerar que cidadãos sejam ceifados, mutilados, tornem-se paraplégicos ou tetraplégicos, sofram sequelas irreparáveis e sejam excluídos do mercado de trabalho, muitas vezes dependendo da caridade alheia por não conseguirem acesso a benefícios sociais. Portanto, a implementação de um mecanismo de amparo às vítimas de trânsito é uma medida crucial e urgente”, conclui o presidente do CDVT.
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