Atendimentos incluem orientações de como obter medida protetiva e informações sobre direitos como auxílio-aluguel, redes de abrigo e linhas de crédito
A Cabine Lilás, serviço de atendimento especializado às vítimas de violência doméstica ou familiar da Polícia Militar, completou um ano em março. A iniciativa do Governo de São Paulo tem ajudado centenas de mulheres a interromper o ciclo de violência e a denunciar o agressor. O programa começa a ser ampliado para todo o interior do estado neste ano.
Desde o início do projeto, a Cabine Lilás já ajudou 6 mil mulheres com atendimentos sobre orientações de como obter medida protetiva e informações sobre os direitos como auxílio-aluguel, redes de abrigo, linhas de crédito, entre outros assuntos.
Nesse período, 98 suspeitos de violência doméstica na capital paulista e na região metropolitana já foram conduzidos à delegacia. Desse total, 32 permaneceram presos.
Uma das vítimas ligou para o 190, número de emergência da Polícia Militar, há três semanas. “Fui muito bem acolhida e instruída pelos policiais. Me senti bem à vontade, são muito profissionais”, disse a dona de casa.
A mulher de 39 anos contou que começou a ter problemas com o agressor um ano após o início do relacionamento. De acordo com a vítima, as agressões sofridas durante a relação, também de forma psicológica, fizeram com que ela se mudasse de casa e criasse coragem para fazer a denúncia.
Após a ligação para o serviço de emergência da PM, a mulher obteve auxílio para solicitar a medida protetiva e não teve mais problemas com o agressor, que precisa manter 300 metros de distância da casa da solicitante.
Com coragem para denunciar, a dona de casa incentivou outras vítimas a pedirem ajuda à polícia. “Infelizmente não é só a mulher que sofre. Os filhos e a família também. As mulheres acham que não têm estrutura para viver sozinha, e os agressores se aproveitam disso. Por isso, nós precisamos entender que não podemos continuar nesse ciclo”, afirmou.
Na Cabine Lilás a vítima é informada sobre os direitos, rede de apoio disponível na região em que mora, pode acionar uma viatura em caso de ameaça e ainda recebe orientações diversas sobre como agir em determinadas situações. Como muitas mulheres ligam já fragilizadas e com vergonha de irem até a delegacia, elas são orientadas a abrir um boletim de ocorrência sem sair de casa, por meio do aplicativo SP Mulher Segura.
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