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quarta-feira, 17 setembro, 2025

Medo simbólico de crescer pode despertar ansiedade na transição escolar

Passagens de etapas, especialmente da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, exigem escuta, acolhimento e continuidade de certas atividades

A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental pode despertar, em muitas crianças, um medo simbólico de “crescer”, que acontece não apenas pelas mudanças práticas, como nova sala ou professores, mas pela sensação de que terão novas responsabilidades. Segundo Mariana Melhado, coordenadora pedagógica da Escola Gracinha, essa percepção gera insegurança, uma vez que traz a expectativa de um novo comportamento na próxima etapa escolar.

“A construção social em torno do Ensino Fundamental, muitas vezes reforçada pelos adultos, pode gerar receio. Comentários como ‘agora acabou a brincadeira’ contribuem para a percepção de que o 1º ano será difícil e repleto de exigências, criando barreiras emocionais desde o início”, afirma Mariana.

Essa mudança de ciclo é um marco importante no percurso escolar. Contudo, para as crianças, é essencial que essa passagem preserve elementos que já eram vividos na fase anterior, como brincadeiras, acolhimento e escuta ativa, que devem ganhar novos contornos. “Muitas crianças acreditam que, ao ingressar no 1º ano, perderão o tempo de brincar e o acolhimento das interações lúdicas, que são aspectos essenciais que seguem presentes na rotina”, reforça Tatiana Laviola, professora da Educação Infantil também da Escola Gracinha. “É preciso combater a falsa ideia de que a escola deixará de ser um espaço de afeto e brincadeira”, reforça.

Para isso, o papel da escola é decisivo. Promover uma transição gradual e respeitosa, que valorize a escuta dos alunos e o vínculo entre as equipes pedagógicas dos dois segmentos, é um dos pilares para que o processo ocorra de forma leve e significativa.


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