Evento debate a ampliação e a diversificação das soluções tecnológicas de eletromobilidade
O prefeito Ricardo Nunes abriu, na manhã da terça-feira (23), no Memorial da América Latina, o seminário “Caminhos para a Eletromobilidade Urbana em São Paulo” — evento que reúne especialistas do Executivo Municipal, do Governo Federal, de indústrias e de organizações da sociedade civil focadas na mobilidade urbana sustentável.
Durante o evento, Nunes destacou que já visitou muitas cidades e países para tratar do tema, ouviu muitas histórias, mas constatou pouca efetividade nas ações. “Ontem, entregamos mais 120 ônibus elétricos, chegando a 760 ônibus; somando os trólebus, temos 961 ônibus eletrificados na cidade, estamos avançando bastante”, disse, lembrando que um estudo realizado pelo C40 apontou que a substituição completa da frota entre 2022 e 2032 evitaria 388 mortes prematuras.
Nunes também pontuou que foram viabilizados R$ 6,6 bilhões em financiamentos para aquisição de veículos elétricos. “O investimento em cada ônibus elétrico é de R$ 2,4 milhões, mas ele se paga quando você coloca nessa análise o custo que você tem com o diesel e a energia. A gente gasta, no ônibus a diesel, R$ 25 mil por mês, ou, no elétrico, R$ 5 mil; portanto, há uma economia de R$ 20 mil. No ano, R$ 240 mil; em 10 anos, R$ 2,4 milhões. Ele se paga no decorrer do processo”, detalhou.
A cidade de São Paulo é líder no Brasil em descarbonização do transporte público. Com a modernização da frota, a capital deixa de emitir 10,4 mil toneladas de gás carbônico (CO₂) na atmosfera por ano, pois cada unidade movida a diesel emite, anualmente, 87 toneladas. Assim, cada novo ônibus elétrico é equivalente ao plantio de 6,4 mil árvores na cidade e também deixa de consumir 35 mil litros de diesel por ano, gerando economia aliada à sustentabilidade.
Esses esforços atendem aos requisitos estabelecidos pela Política Municipal de Mudança do Clima, que apresenta a descarbonização das frotas, com veículos de zero emissão como caminhos para a promoção da melhoria da qualidade do ar, da justiça climática e do aumento dos empregos verdes.
“Hoje nós teremos inúmeras mesas e debates para mostrar que estamos pensando de uma forma muito abrangente. A mobilidade urbana em São Paulo já está se transformando”, afirmou o secretário executivo municipal de Mudanças Climáticas, Renato Nalini.
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