Doença, que acomete mais de 11 mil pessoas por ano no Brasil, afeta glóbulos brancos e é classificada em aguda ou crônica
Fevereiro Laranja é uma campanha dedicada à conscientização sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea. A leucemia é o câncer mais frequente na população jovem, representando de 25% a 35% de todas as neoplasias na faixa etária de 0 a 14 anos. A doença também ocupa a nona posição nos tipos de câncer mais comuns em homens e a 11ª em mulheres, com 11.540 registrados em 2022, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde (MS).
De acordo com Sistema de Informação Hospitalar (SIH) do Ministério da Saúde, de janeiro até novembro de 2024 foram realizadas 4.936 internações para tratamento dos vários tipos de leucemia pela rede pública (estadual e municipal) da cidade de São Paulo. Em 2023, ao longo de todo o ano, foram 4.808; em 2022, 3.640; em 2021, 3.914; em 2020, 3.498.
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, caracterizada pelo acúmulo de células defeituosas na medula óssea, o que prejudica a produção das células sanguíneas saudáveis que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e as plaquetas.
Além disso, a doença pode ser caracterizada como aguda ou crônica, dependendo da velocidade em que essas células defeituosas se multiplicam. A leucemia do tipo crônica se agrava lentamente, enquanto a aguda costuma piorar de maneira rápida.
Embora a leucemia seja uma doença ainda de causa desconhecida, estudos apontam que alguns fatores de risco podem estar relacionados com o desenvolvimento dela, como: tabagismo, alta exposição a substâncias químicas como o formol e o benzeno, exposição a agrotóxicos, radiação, histórico familiar da doença, entre outros.
Entre os principais sintomas da doença estão: anemia, cansaço, fadiga, queda de imunidade, baixa na contagem de plaquetas, infecção, febre, hematomas e sangramentos espontâneos. O diagnóstico da leucemia pode ser realizado na rede municipal de saúde partir de exames de sangue de rotina nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O principal exame de sangue para confirmação da suspeita de leucemia é o hemograma.
Vale destacar que o quanto antes for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores as chances de cura. O tratamento da doença varia de acordo com o tipo de leucemia, podendo incluir o monitoramento, no caso dos tipos de progressão lenta; para as leucemias agudas, podem ser usados quimioterapia, radioterapia e transplante de células-tronco. A SMS segue as linhas de cuidado para câncer estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
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