No menu items!
26.6 C
São Paulo
sexta-feira, 28 novembro, 2025

Fisioterapeuta identifica técnicas eficazes contra problema respiratório frequente em bebês

Estudo avaliou eficácia de protocolo de técnicas em bebês de até dois anos com atelectasia, uma complicação gerada por doenças respiratórias

De acordo com a Fiocruz, em 2023, 153 mil bebês foram hospitalizados por problemas respiratórios. A atelectasia está entre as consequências mais frequentes das doenças respiratórias e acontece quando, por causas diversas, a totalidade ou parte de um pulmão fica sem ar devido à obstrução dos alvéolos (pequenas bolsas responsáveis pelas trocas gasosas), perde seu volume e entra em colapso.

A fisioterapia respiratória é parte importante do tratamento nesses casos. Pensando nisso, a pesquisadora Patrícia Camassuti desenvolveu um protocolo para a aplicação do procedimento em bebês de até dois anos, internados e intubados ou traqueostomizados, que se mostrou eficaz na melhora do quadro.

Apesar de ser frequentemente indicada e realizada em crianças em suporte ventilatório invasivo – quando o paciente precisa de um aparelho que media a respiração – “não existia nada na literatura [sobre protocolos de fisioterapia respiratória em atelectasia], então a gente foi ver o que conseguiríamos encontrar de técnicas para alinhar [o que seria incluído no protocolo]”, diz Patrícia.

No total, participaram do estudo 30 lactentes – crianças com idades entre 28 dias e 2 anos –, com diagnóstico de atelectasia, internados no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, em São Paulo. Metade das crianças foi submetida ao protocolo. “A gente comparou as crianças que eram atendidas sem o protocolo, mas que recebiam atendimento da fisioterapia, e crianças que recebiam atendimento do protocolo”, detalha a pesquisadora.

Para avaliar a melhora nos pacientes, ela utilizou como parâmetro imagens de ultrassonografia, antes e após a fisioterapia, e o esforço respiratório. Houve melhora nos dois grupos, mas nas crianças que passaram pelo protocolo, na ultrassonografia feita após a intervenção, o efeito foi quase 3 vezes maior, e na melhora no esforço respiratório, quase um e meio.

A fisioterapeuta evidencia que o protocolo é seguro para crianças em suporte ventilatório. “Além de oferecer bons resultados na desobstrução das vias aéreas e na reexpansão pulmonar, ele foi seguro, porque nenhuma criança piorou em nenhum momento, não teve queda de saturação [quantidade de oxigênio circulando no corpo] ou perdeu o tubo”.

Por Gabriele Mello para o Jornal da USP


 SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

Quanto vale uma refeição saudável? Novo estudo mostra que arroz e feijão somam minutos de vida

Pesquisa da USP e UERJ reforça o papel dos alimentos tradicionais na longevidade e na sustentabilidade Um estudo inédito, conduzido por pesquisadores da Universidade de...

Turismo na capital cresce 54,04% em 2025, com 30,5 milhões de turistas e faturamento de R$ 15,9 bilhões

Ações da Prefeitura em mobilidade, cultura, eventos, segurança e geração de empregos fortalecem a cidade como destino global de lazer e negócios São Paulo vive...

Como proteger as crianças da pneumonia: especialista explica sinais de alerta e formas de prevenção

Segundo a OMS, a doença é uma das principais causas de morte evitável em crianças menores de cinco anos em todo o mundo Segundo a...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.