No menu items!
23.5 C
São Paulo
quinta-feira, 4 dezembro, 2025

Fisioterapeuta identifica técnicas eficazes contra problema respiratório frequente em bebês

Estudo avaliou eficácia de protocolo de técnicas em bebês de até dois anos com atelectasia, uma complicação gerada por doenças respiratórias

De acordo com a Fiocruz, em 2023, 153 mil bebês foram hospitalizados por problemas respiratórios. A atelectasia está entre as consequências mais frequentes das doenças respiratórias e acontece quando, por causas diversas, a totalidade ou parte de um pulmão fica sem ar devido à obstrução dos alvéolos (pequenas bolsas responsáveis pelas trocas gasosas), perde seu volume e entra em colapso.

A fisioterapia respiratória é parte importante do tratamento nesses casos. Pensando nisso, a pesquisadora Patrícia Camassuti desenvolveu um protocolo para a aplicação do procedimento em bebês de até dois anos, internados e intubados ou traqueostomizados, que se mostrou eficaz na melhora do quadro.

Apesar de ser frequentemente indicada e realizada em crianças em suporte ventilatório invasivo – quando o paciente precisa de um aparelho que media a respiração – “não existia nada na literatura [sobre protocolos de fisioterapia respiratória em atelectasia], então a gente foi ver o que conseguiríamos encontrar de técnicas para alinhar [o que seria incluído no protocolo]”, diz Patrícia.

No total, participaram do estudo 30 lactentes – crianças com idades entre 28 dias e 2 anos –, com diagnóstico de atelectasia, internados no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, em São Paulo. Metade das crianças foi submetida ao protocolo. “A gente comparou as crianças que eram atendidas sem o protocolo, mas que recebiam atendimento da fisioterapia, e crianças que recebiam atendimento do protocolo”, detalha a pesquisadora.

Para avaliar a melhora nos pacientes, ela utilizou como parâmetro imagens de ultrassonografia, antes e após a fisioterapia, e o esforço respiratório. Houve melhora nos dois grupos, mas nas crianças que passaram pelo protocolo, na ultrassonografia feita após a intervenção, o efeito foi quase 3 vezes maior, e na melhora no esforço respiratório, quase um e meio.

A fisioterapeuta evidencia que o protocolo é seguro para crianças em suporte ventilatório. “Além de oferecer bons resultados na desobstrução das vias aéreas e na reexpansão pulmonar, ele foi seguro, porque nenhuma criança piorou em nenhum momento, não teve queda de saturação [quantidade de oxigênio circulando no corpo] ou perdeu o tubo”.

Por Gabriele Mello para o Jornal da USP


 SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]

- Patrocinado -

Últimas

Brasil perde 6 mil piscinas de água tratada por dia, diz estudo

Desperdício representa 40,31% da água produzida O Brasil desperdiça diariamente...

Como funcionam as UPAs na cidade de São Paulo

Saiba quando procurar uma Unidade de Pronto Atendimento e...

A urgência da sustentabilidade em eventos e entretenimento

Por Luan Teixeira Nos últimos anos, a sustentabilidade deixou de...

Brasil perde 6 mil piscinas de água tratada por dia, diz estudo

Desperdício representa 40,31% da água produzida O Brasil desperdiça diariamente o equivalente a 6.346 piscinas olímpicas de água tratada antes que ela chegue às torneiras....

Como funcionam as UPAs na cidade de São Paulo

Saiba quando procurar uma Unidade de Pronto Atendimento e como é o fluxo de cuidado na rede municipal A cidade de São Paulo conta com...

A urgência da sustentabilidade em eventos e entretenimento

Por Luan Teixeira Nos últimos anos, a sustentabilidade deixou de ser apenas uma tendência para se tornar uma premissa global. O setor de eventos e...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.