No menu items!
21.7 C
São Paulo
segunda-feira, 17 março, 2025

Entenda como a polícia monitora tornozelados por violência contra a mulher em SP

Iniciativa pioneira do Governo de São Paulo protege vítima e dá atendimento imediato em casos de violação de medidas protetivas

As forças de segurança de São Paulo monitoram atualmente todos os passos de 117 homens suspeitos de violência contra a mulher na capital. A ação integra o programa de monitoramento de infratores com tornozeleiras eletrônicas, que fiscaliza detidos que foram soltos em audiências de custódia na cidade de São Paulo. O foco prioritário são os suspeitos envolvidos em denúncias de violência doméstica.

Na prática, a cooperação entre a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) e o Tribunal de Justiça (TJ) vem permitindo à polícia coibir a violação de medidas protetivas – ou agir imediatamente no caso de violação. Isso porque os tornozelados por violência contra a mulher são monitorados 24 horas, ininterruptamente, no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).

Em caso de violação da medida restritiva, uma equipe da Polícia Militar é direcionada ao local imediatamente. Além disso, uma policial entra em contato com a vítima. Desde 2023, 46 homens envolvidos em violência contra a mulher foram presos por desrespeitarem as regras do tornozelamento.

“Quando o juiz pede o tornozelamento, ele determina algumas áreas em que o indivíduo não pode adentrar, que a gente chama de área de exclusão”, explica a delegada Adriana Liporoni, que coordena as Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) em São Paulo, em entrevista à Agência SP. “Essas áreas de exclusão incluem a região de residência e de trabalho da mulher, por exemplo. É um limite que, se o tornozelado ultrapassar um passo, vai gerar uma notificação no sistema no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que fará uma viatura ser deslocada para atender a ocorrência imediatamente.”

Antes de 2023, as mulheres recebiam medidas protetivas que proibiam qualquer tentativa de aproximação pelos agressores, mas sem nenhum controle efetivo das determinações impostas pela Justiça. Com o monitoramento por georreferenciamento e a parceria da SSP com o TJ, a polícia tem acesso em tempo real ao deslocamento dos suspeitos de violência contra a mulher que usam as tornozeleiras.

“Já aconteceu de o agressor avançar para dentro da área de exclusão e a polícia, ao se deslocar e fazer a abordagem, encontrá-lo armado e com a intenção de ferir a mulher”, disse Liporoni à Agência SP. “Sabendo que está sendo monitorado 24h, o suspeito de violência contra a mulher pensa duas vezes antes de fazer qualquer coisa. Ele sabe que a polícia sabe onde ele está.”


SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected] 

- Patrocinado -

Últimas

Carta com visão brasileira sobre COP30 reforça urgência climática

Documento foi apresentado hoje pelo embaixador André Correa O presidente...

Saúde mental: afastamentos dobram em dez anos e chegam a 440 mil

Dados são do Ministério da Previdência Social Em 2014, quase...

Carta com visão brasileira sobre COP30 reforça urgência climática

Documento foi apresentado hoje pelo embaixador André Correa O presidente e a diretora executiva da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30),...

Saúde mental: afastamentos dobram em dez anos e chegam a 440 mil

Dados são do Ministério da Previdência Social Em 2014, quase 203 mil brasileiros foram afastados do trabalho em razão de episódios depressivos, transtornos de ansiedade,...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui