Para trabalhar neste projeto, a USP se baseia no fato de que as crianças desenvolvem habilidades cognitivas críticas a partir de influências genéticas, exposições ambientais e experiências de cuidado e de estimulação nos primeiros 1.000 dias de vida. No entanto, cerca de 20% das crianças não desenvolvem essas funções adequadamente, o que forma 80% dos adultos que precisarão de algum tipo de assistência, seja social ou econômica
A Universidade de São Paulo (USP) foi selecionada para participar do programa “Os primeiros 1000 dias: promovendo redes cerebrais saudáveis”, viabilizado pela ONG norte-americana Wellcome Leap.
O projeto da USP reúne pesquisadores de diferentes disciplinas e instituições que vão monitorar o desenvolvimento de bebês para criar modelos de predição para funções executivas aos 36 meses de vida.
O programa da Wellcome Leap dura três anos, com possibilidade de prorrogação por mais um ano.
Para trabalhar neste projeto, a USP se baseia no fato de que as crianças desenvolvem habilidades cognitivas críticas a partir de influências genéticas, exposições ambientais e experiências de cuidado e de estimulação nos primeiros 1.000 dias de vida. No entanto, cerca de 20% das crianças não desenvolvem essas funções adequadamente, o que forma 80% dos adultos que precisarão de algum tipo de assistência, seja social ou econômica.
Como não existem métodos de triagem precoces, para prever resultados das funções cognitivas das crianças e prever respostas de intervenções nos primeiros 1.000 dias, os pesquisadores da USP pretendem acompanhar o desenvolvimento de 500 bebês desde o nascimento até os 36 meses de vida. A investigação vai analisar o genoma completo das crianças, o microbioma (nas fezes e no leite materno) e as mudanças epigenéticas. Além disso, as relações familiares também serão analisadas.
“Caracterizando de forma detalhada o desenvolvimento em todos os níveis e desde o nascimento, buscaremos integrar todos os dados e assim, identificar modelos matemáticos para predizer boas habilidades de funções executivas e linguagem aos 36 meses de vida”, informou o grupo.
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