O jornal argentino Clarin publicou uma interessante pesquisa da Universidade de Cambridge sobre como a desidratação prejudica as capacidades cognitivas. O cérebro depende muito da água para manter seu funcionamento. É composto por aproximadamente 80% por esse líquido, o que explica sua vulnerabilidade à falta de hidratação. Segundo os cientistas, não beber água suficiente pode gerar problemas como perda de memória, dificuldade de concentração e até alterações de humor.
De acordo com o estudo da Universidade de Cambridge, uma desidratação leve pode afetar as funções cognitivas do cérebro, como atenção, foco e memória. Esses efeitos se manifestam mais claramente em situações que exigem esforço mental sustentado, como resolver problemas ou estudar.
A pesquisa descobriu que perder apenas 1% ou 2% da água corporal é suficiente para diminuir a capacidade de concentração e dificultar a tomada de decisões. Além disso, idosos e crianças, são mais vulneráveis aos efeitos da desidratação devido à sua menor capacidade de regular os níveis de fluidos no corpo. Isso pode resultar em distúrbios de humor significativos e funções cognitivas.
Agências como a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) apoiam que a água é essencial para manter um bom funcionamento físico e cognitivo. Portanto, recomendam-se 2 litros de líquidos diários para mulheres e 2,5 para homens. Esses números buscam promover hábitos saudáveis e prevenir a desidratação, embora haja algum debate sobre a necessidade de consumo adicional em todas as pessoas.
Como as necessidades de hidratação variam de acordo com fatores como clima, atividade física e metabolismo individual, alguns especialistas sugerem uma abordagem mais personalizada. Uma maneira prática de monitorar a hidratação é observar a cor da urina: tons claros indicam um nível apropriado, enquanto tons escuros podem refletir a desidratação.
Além das quantidades recomendadas, também é importante investigar por que muitas pessoas negligenciam sua ingestão diária de água. Compreender essas razões e os efeitos negativos da desidratação pode ser fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficazes que promovam o consumo suficiente de líquidos.
Em uma rápida pesquisa na internet, encontrei diversos artigos, inclusive da própria Cambridge, que abordam a temática e corroboram estas informações do Clarin. Agora cabe a cada um cuidar-se melhor.
Mario Eugenio Saturno (http://fb.com/Mario.Eugenio.Saturno ) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
SUGESTÕES DE PAUTA: [email protected]