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terça-feira, 16 setembro, 2025

Como a medicina reprodutiva está mudando as perspectivas para as mulheres que sonham com a maternidade

Congelamento de óvulos e outras técnicas permitem que a decisão em relação a ter filhos possa ser tomada no melhor momento

Há algumas décadas, o Dia das Mães poderia ter um significado diferente para as mulheres que passam pela dificuldade em engravidar. Felizmente nos dias atuais, com o advento de novas tecnologias e as constantes descobertas científicas, principalmente na área de genética, a Medicina Reprodutiva vem mudando os cenários para milhares de mulheres – não somente para aquelas com dificuldades para engravidar, como também para as que deixam para engravidar mais tarde e que também querem realizar o sonho de uma gravidez saudável.

“As mulheres hoje querem ter estabilidade financeira, maturidade emocional e muitas almejam ter experiências diferentes antes de se tornarem mães. Cada vez mais elas querem poder escolher o seu momento de engravidar, sem a pressa biológica. E a Medicina Reprodutiva vem mostrando que a maternidade pode chegar mais para frente, pois a ciência e as técnicas têm avançado de forma exponencial”, comenta a Dra. Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução assistida do Vida Centro de Fertilidade do Fertgroup.

Além de significar que agora a mulher pode esperar o momento ideal de sua vida, há também aquelas jovens que recebem um diagnóstico de câncer ou de alguma outra doença que interfira no sistema reprodutor feminino e que podem se beneficiar da técnica de congelamento de óvulos, a fim de preservar sua fertilidade, antes de começar um tratamento médico que possa interferir com potencial reprodutivo.

“O congelamento de óvulos é um procedimento muito seguro. Além disso, não há um tempo limite para que os óvulos sejam mantidos congelados. Nós temos registros de casos em que o óvulo foi utilizado mais de dez anos após o congelamento e a fertilização foi um sucesso”, comenta a especialista, lembrando que muitas mulheres têm optado por engravidar após os 35 anos, como mostrou outro um levantamento recente do IBGE.

No momento que a mulher opta por engravidar após os 35 anos, já se deve programar a preservação da fertilidade. Quanto mais cedo congelar os óvulos, melhor será o resultado no futuro.

“A recomendação é que as pacientes procurem uma clínica especializada em reprodução assistida para avaliação até os 30 anos de idade, quando sua capacidade reprodutiva ainda está muito boa. Mas, infelizmente, muitas vem quando já tem acima de 35, ou seja, quando já houve uma perda no potencial reprodutivo ”, complementa Maria Cecília.

Isso ocorre porque, ao longo do tempo, a qualidade dos óvulos vai diminuindo e há risco de não formarem embriões saudáveis. “Por isso nós indicamos o congelamento cada vez mais cedo, quando ainda temos uma boa reserva quantitativa de óvulos e de boa qualidade, com chances de serem fertilizados e dar origem a excelentes embriões”, comenta a médica.


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